17 outubro 2022

Minha opinião

Debate na TV: quando empatar é vencer

Luciano Siqueira

 

Aconteceu o primeiro debate do segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Na TV e meios digitais.

Com algumas vantagens em relação aos anteriores, sobretudo porque foi possível explorar a existência de apenas dois contendores, diferentemente dos debates anteriores.

O pool jornalístico, que envolve a TV Band e a Folha de São Paulo e outros veículos, possibilitou tempo útil para que os dois candidatos pudessem se expressar livremente.

Afinal, 15 minutos na TV é muito tempo.

Agora, sucedem-se as avaliações sobre quem venceu e quem perdeu.

A maioria dos analistas converge na avaliação de que Lula teria sido melhor no primeiro bloco e Bolsonaro teria se safado no segundo bloco.

Como no futebol, um gol em cada tempo e empate ao final.

Mas não é bem assim por duas razões.

A primeira diz respeito ao conteúdo e ao alvo das falas do candidatos. Lula levou a vantagem de tentar, digamos assim, ampliar o seu público. Bolsonaro falou fundamentalmente para sua bolha.

A segunda, fundamentalmente relacionada com a impressão que fica na memória dos telespectadores, mais até do que nuances do conteúdo da fala de cada um.

A menos de duas semanas do pleito Lula está na dianteira e Bolsonaro atrás por uma diferença estimada tem mais de 6 milhões intenções de votos.

Assim, para quem está na frente o empate significa vitória.

Ponto para Lula. 

Leia também: Razão e emoção no segundo turno https://bit.ly/3rNUTq9

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