A esperança que se confirma na nova Esplanada dos Ministérios
Enio Lins www.eniolins.com.br
Este texto
foi escrito antes do anúncio da composição final da equipe do terceiro
mandato de Lula. A lista ministerial completa será de seu conhecimento quando
da leitura dessas maltraçadas linhas.
Antecipo-me ao
anúncio dos nomes menos pelo prazo para enviar a coluna à diagramação e
mais pelo fato de que, no ponto em que estava, mesmo incompleto, esse
ministério pode ser comentado como um todo com pequena margem de erro.
Lula acertou nas escolhas. Isso pode ser dito sem risco, basta ver a
escalação parcial do time anunciado até 26 de dezembro. Uma bela seleção, muito
superior à lista nojenta, deletéria, divulgada há coisa de quatro anos.
Só com os nomes confirmados até o Natal, a comparação com o passado
recente é uma goleada. O Brasil volta a contar com uma seleção qualificada,
depois de quatro anos de desqualificação radical na Esplanada dos Ministérios.
Nunca o Brasil teve gente tão incapaz nos comandos dos órgãos federais
como nesse tempo do desastre bolsonarista, o que resultou num país virado de
ponta-cabeça, esculhambado nas contas públicas, sucateado, saqueado.
O novo ministério é representativo da diversidade política e
ideológica das forças que compõem a frente em torno de Lula & Alckmin, tem
a multicor do Brasil, traz para o Planalto Central o debate vivo, contemporâneo
e producente.
A nova equipe alça ao topo do serviço público nomes emblemáticos como
Sílvio Almeida, Margareth Menezes, Anielle Franco, Flávio Dino, Fernando
Haddad, Luciana Santos – só para ficar em meia dúzia das confirmações até o
Natal.
Isso sem falar de Geraldo Ackmin, que brilhou no comando da transição
e tem no currículo quatro mandatos de governador do maior estado brasileiro,
nem citar a escolha estratégica de José Múcio para a delicada área da Defesa.
Em resumo: não dá para comparar com a trepeça montada pelo inominável,
e cuja equipe de desqualificados desmontou o Brasil, com os reflexos criminosos
transbordando nos desastres ético, social e econômico do quatriênio mitológico.
Perfeita? Divina? Infalível? Não existe equipe ministerial assim no
mundo, isso fica para o campo do idealismo, onírico. No mundo real se cobra
competência, compromisso, ética, diversidade, respeito, representatividade.
Isso o novo ministério tem de sobra. E teve de começar a trabalhar antes da
posse, pois o Brasil estava desgovernado mesmo.
O mosaico da vida que segue https://bit.ly/3Ye45TD
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