27 dezembro 2022

Minha opinião

As muitas coisas que não sei

Luciano Siqueira

 

Aqui em Itamaracá, em nossas curtas férias anuais de apenas cinco dias, rola animada conversa com familiares e amigos acerca das muitas coisas e fatos da vida que uns sabem, outros não.

Bebidas, por exemplo. A variedade é tão imensa que mesmo um cidadão que bebe pouco mas presta atenção ao tema, como eu, conhece muito menos do que imaginava.

Bebidas originais e suas combinações em coquetéis diversos.

O mesmo ocorre acerca dá imensa e variada produção musical neste nosso imenso país continental, muitas vezes — no meu caso — porque preferências pessoais terminam me levando para um espectro de gueto, onde cabem a Bossa Nova, a MPB que a ela se seguiu, jazz, música romântica francesa e italiana, coisas do Nordeste a partir de Luiz Gonzaga e alguns clássicos.

Muito pouco, reconheço, tamanha a imensidão do que gênios de toda parte têm produzido ao longo de décadas, considerando o meu tempo de vida; Desde séculos, desde que os seres humanos passaram a pensar e a usar a linguagem.

Para espanto de todos, confessei que ao ouvir no rádio do carro a notícia da morte de Marília Mendonça em desastre aéreo senti-me verdadeiro alienado, pois jamais ouvira falar da tão prestigiada cantora.

Pior: pedi que me explicassem como proceder para transitar pela cidade em ônibus das linhas convencionais. Há pelos menos umas quatro décadas não uso o transporte coletivo, sem contudo nenhuma vergonha por isso. Mas não deixa de ser um embaraço em caso de emergência.

Nem tanto, logo me explicaram. A condição de idoso me confere o privilégio da tarifa zero...

Mas me aflige a sensação de que encerro o tumultuado ano de 2022 com a dolorosa consciência de que não sou um cidadão tão bem informado quanto imaginava.

O mosaico da vida que segue https://bit.ly/3Ye45TD

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