Diagnóstico e tratamento
podem evitar convulsões por epilepsia em 7 de cada 10 pessoas
Neste Dia Internacional de Combate à
Epilepsia, Organização Mundial da Saúde pede mais medicamentos e recursos na
resposta de governos em todo o mundo; 80% de pessoas que vivem com epilepsia
estão em países de rendas média e baixa.
ONU News
Este 13 de
fevereiro é o Dia Mundial de Combate à Epilepsia. Segundo a Organização Mundial
da Saúde, o risco de morte prematura para quem vive com a doença é três vezes
maior que no resto da população.
O Dia
Internacional, marcado toda segunda segunda-feira de fevereiro, é uma
oportunidade de chamar a atenção para os cuidados com a epilepsia e como
aumentar o acesso universal a quem precisa.
Medicamento crucial para evitar convulsões
O
diagnóstico e a oferta de medicamentos são foco de três áreas propostas pela
OMS para combater a doença, que pode afetar pessoas em qualquer idade.
Cerca
de 50 milhões em todo o mundo têm a doença crônica do cérebro. É uma das
enfermidades neurológicas mais comuns em todo o globo. E quase 80% das pessoas
que vivem com a epilepsia estão em países de rendas baixa e média.
A
OMS lembra que 70% das pessoas com a doença podem viver sem o risco de
convulsões caso sejam diagnosticadas e tratadas corretamente. A agência da ONU
estima que três quartos dos doentes que vivem em países de renda baixa não
recebem o tratamento. E sem remédio, a pessoa fica exposta a convulsões,
complicações e até à morte em caso de uma convulsão severa.
Estigma e preconceito que afetam também as
famílias
Apesar
das campanhas de conscientização, a epilepsia ainda é alvo de discriminação,
preconceito e estigmas em muitas partes do mundo. E esse comportamento, que já
dura séculos, também afeta os familiares dos doentes.
A
epilepsia é caracterizada por convulsões recorrentes que ocorrem em episódios
breves de movimentos involuntários em alguma parte do corpo ou de todo o corpo.
Em alguns casos, a pessoa pode ficar inconsciente e perder, temporariamente, o
controle da bexiga ou do intestino.
A
convulsão ocorre quando uma descarga excessiva elétrica acontece num grupo de
células cerebrais. E partes diferentes do cérebro podem abrigar essa descarga.
As convulsões variam desde lapsos muito curtos de atenção ou espasmos
musculares até convulsões severas e prolongadas. E elas podem variar na
frequência ocorrendo menos de uma por ano até várias por dia.
Doença é documentada há milhares de anos
A
OMS explica que uma convulsão apenas não significa epilepsia. Até 10% da
população mundial terá pelo menos uma convulsão durante a vida. A doença é sim
definida como tal quando o indivíduo tem duas ou mais convulsões sem causa
aparente.
Um
outro aspecto é sobre a existência da doença no mundo. Existem documentos que
datam de pelo menos 4 mil anos antes de Cristo que dão conta sobre a doença.
Especialistas
da OMS afirmam que as características das convulsões dependem de onde no
cérebro o distúrbio começa e como ele se espalha. Os sintomas temporários podem
impactar visão, paladar e olfato, além de funções cognitivas e o humor da
pessoa.
Quem
vive com epilepsia costuma ter outros problemas físicos como fraturas e
ferimentos que decorrem da queda. Outros sinais são níveis altos de ansiedade e
depressão. Uma grande proporção de causas de morte está relacionada a quedas,
afogamentos, queimaduras e convulsões prolongadas, especialmente em países
pobres.
Anualmente,
surgem 5 milhões de novos casos no mundo
Todos
os anos, cerca de 5 milhões de pessoas são diagnosticadas com epilepsia. A taxa
é quase três vezes maior nos países de baixa e média rendas com 139 casos para
cada 100 mil indivíduos. Em economias de renda alta, são 49 para 100 mil
pessoas.
A
OMS acredita que o número mais alto se deve ao aumento crescente do risco de
condições endêmicas como malária ou a neurocisticercose, a uma incidência mais
alta de ferimentos em acidentes de trânsito, ferimentos relacionados ao parto e
variações na estrutura médica, em programas preventivos e no acesso ao
tratamento.
Somos do
tamanho do que enxergamos https://bit.ly/3Ye45TD
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