Ainda é pouco, mas importa
Luciano Siqueira
Políticas socialmente compensatórias num país como o Brasil são sempre contidas, ainda que tenham alcance expressivo.
Os limites decorrem de uma espécie de ditadura branca imposta pelo poderoso rentismo, que pressiona contra os gastos públicos.
Para o capital financeiro, repercutido pela grande mídia monopolizada, a prioridade absoluta é o chamado equilíbrio fiscal, ainda que custe o sofrimento de parcelas expressivas da população.
O programa "Pé de meia" se
situa aí.
Proporciona incentivo mensal de R$ 200
a estudantes de nível médio hoje a família esteja inscrita no cadastro
único.
O valor pode ser sacado pela família.
Ao final do ano, se comprovadamente o aluno tiver frequência em sala de aula em
torno de 80% ou mais ao mês, além de depósitos anuais de R$ 1.000 ao final
de cada ano letivo concluído. Estes valores são depositados em uma
conta-poupança, e só podem ser retirados após a conclusão do ensino médio.
Considerando as dez parcelas de incentivo, os depósitos anuais e o bônus pelo Enem, os participantes podem acumular até R$ 9.200 em sua conta.
Sob condições de extrema carência, toda ajuda é válida.
O pouco se faz muito. Sobretudo se a cobertura do programa for estendida a mais
alguns milhões de estudantes.
Bandeira de luta a ser defendida com vigor.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/08/poupanca-estudantil.html
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