A TV, as redes e as ruas
Luciano Siqueira
Perpassa a campanha eleitoral o debate acerca da influência efetiva sobre o comportamento do eleitor que podem ter a TV e as redes sociais.
O tempo disponível para o programa eleitoral gratuito na televisão sempre foi muito disputado. Coligações mais amplas somam mais tempo — o que se considera uma importante vantagem.
O desafio passa a ser o bom uso desse espaço alargado, que requer muita competência para prender a atenção de telespectadores por um tempo razoavelmente útil.
Entretanto, com a expansão das redes sociais e a sua utilização em campanhas, a TV embora permaneça provavelmente como o principal veículo, já não teria o mesmo peso que antes.
As redes, particularmente para candidatos e candidatas previamente possuidores de largo alcance e interação com seus seguidores, compensam em muito o tempo eventualmente diminuto na TV.
Este é o fato.
O risco é a subestimação da abordagem direta do eleitor, particularmente por campanhas situadas à esquerda e que apostam não apenas no objetivo eleitoral imediato, mas igualmente no acúmulo de forças tendo em vista as batalhas que seguem — com um olhar no município e o outro nos destinos da nação.
A atividade política direta junto ao povo é indispensável.
Daí porque se tem cunhado a expressão realizar a campanha "nas redes, nos salões e nas ruas".
Num plano local e particular, a campanha pela reeleição da vereadora Cida Pedrosa 65113 (PCdoB-Recife), quase nula na TV, aposta numa divulgação sequenciada e de conteúdo esclarecedor nas redes sociais concomitantemente com reuniões de residência, porta a porta nas áreas populares, presença física onde se concentra o seu público alvo.
Um exemplo a ser seguido.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/08/minha-opiniao-debates-na-tv_29.html
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