Pessoal e intransferível
Luciano Siqueira
Frequentemente escrevo comentários hostis à comunicação cibernética, que considero quase sempre além de instantânea, fragmentada e superficial.
E, portanto, passiva
de gerar incompreensões e até tornar o relacionamento entre as pessoas tão frio
quanto um teclado.
Assim mesmo me
comunico por e-mail e, sobretudo, pelo WhatsApp.
Mas faço o possível
para trocar mensagens não apenas de textos e imagens, mas igualmente de viva
voz ou até em vídeo. Uma tentativa de evitar o que considero a desumanização do
diálogo.
Até o final do meu
último mandato na Prefeitura do Recife, enorme era minha lista de contatos. Uns
quatro a cinco mil talvez.
É que o número do meu
celular, o mesmo há muitos anos, sempre tornei público para que as pessoas
pudessem me enviar mensagens com reclamamos ou sugestões a propósito dos
problemas da cidade.
Com o meu compromisso
de que nenhuma mensagem ficaria sem resposta.
De fato. Todas as
manhãs eu lia as mensagens, confirmava o recebimento através de uma fala de
viva voz e indicava quem da minha assessoria entraria em contato para tratar do
assunto.
Mas falhei absurdamente
ao não fazer o devido backup e bastou o iPhone pifar de vez para que eu
perdesse quase todos os contatos.
Só aos poucos pude
recuperá-los, hoje um mil e tantos.
E agora, na campanha
eleitoral, em que eu estou plenamente envolvido na luta pela reeleição de nossa
vereadora Cida Pedrosa 65113, me comunico pessoalmente, um a um, na busca do
voto.
Trabalhoso? Muito.
Mas é a forma que encontro de manter os números de tantos amigos e amigas e
companheiros e companheiras de luta como algo pessoal.
Confiança e afeto não
se transferem.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/09/minha-opiniao-quem-e-quem.html
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