O Maquinário
Anacreonte Sordano
No engenho da lembrança
O tempo gira a moenda
Como quem pagando prenda
Num brinquedo de criança.
Vai moendo a esperança
Qual remoendo uma renda
Desgastando fenda a fenda
Como numa torpe dança.
Finda rompendo o atrito
Quando o silencio num grito
Faz soar seu inventário.
E aquele sentir fugaz
Num segundo se desfaz
Deste mundo imaginário.
[Ilustração: Shavit Vos]
Leia: Não somos máquinas https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/09/minha-opiniao-desumanidade.html
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