luaredo
a cidade
morre aos meus pés
o mar
e as sereias carpideiras
entoam canções de despedida
o sol
coadjuvante agora
desta trama proibida
abandona a cena e não vê a atriz
que no camarim espera
a terra
é picadeiro
os homens se desarmam
em seus segredos de coxias
a urbe
se rende ao luar
uma palheta de sonhos
muda o rosa do mar
e devolve prata à cidade
[Ilustração: Alexandr Ilichev]
Leia também um poema de Vladimir Maiakovsk https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/11/palavra-de-poeta-vladimir-maiakovski.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário