Transitoriedade
Mesmo com
a derrota por 3x0 para o Chelsea na final da Copa do Mundo de clubes, o PSG
continua sendo uma grande equipe
Tostão/Folha de S.
Paulo
O número enorme de ipês roxos floridos, próximo de onde moro e caminho todos os dias, estão lindos, exuberantes. Pena que duram pouco tempo. É a transitoriedade das coisas. O agnóstico Freud dizia que as pessoas viveriam com mais prazer se abandonassem a ilusão da eternidade e aceitassem a finitude da vida.
A transitoriedade
está presente também no futebol. Mesmo com a derrota por 3x0 para o
Chelsea na final da Copa do Mundo
de clubes, o PSG continua sendo uma grande equipe. Porém, há dúvidas
se esta plenitude técnica vai durar por muito tempo. Como disse
PVC (Paulo Vinicius Coelho), o PSG não é uma dinastia, uma
revolução.
O Chelsea fez
tudo ao contrário do Real Madrid ao substituir um atacante por mais um
meio-campista e fechou os espaços pelos lados para evitar os avanços dos
laterais franceses. Com um trio no meio campo, o Chelsea pressionou na marcação
e Enzo Fernández dificultou Vitinha iniciar as jogadas.
João Pedro
contrariou o clichê de que um novo jogador precisa de muito tempo para se
adaptar ao time. Ele, que estava de férias no Brasil, chegou ao EUA, treinou
dois dias e parecia que jogava com os companheiros há mil anos. No
entrosamento, mais importante do que o tempo é a união de jogadores com
características técnicas que se completam.
A marcação por
pressão, a compactação e o adiantamento dos zagueiros quando o time tem a bola
e vai ao ataque, uma evolução do futebol que tanto elogiamos, não é a ideal,
pois deixa muitos espaços nas costas dos defensores para os contra-ataques. A
perfeição não existe. É uma das razões para muitas goleadas entre grandes
times, como as do PSG sobre o Real Madrid e Inter de Milão, as recentes do
Barcelona sobre o Real e a quase goleada do Chelsea sobre o PSG por 3x0. O
futebol, com muitos gols, fica mais bonito e emocionante.
Recomeçou o
Brasileirão. Todos os treinadores são transitórios, até Vojvoda,
dispensado pelo Fortaleza. O tempo é relativo. O jovem argentino
Montoro, contratado pelo Botafogo, já está entrosado com o time. Ele foi
determinante na vitória sobre o Vasco por 2x0. O time do Vasco treinou um mês
com Fernando Diniz durante o mundial de clubes e jogou pior do que antes.
O Cruzeiro, na
vitória por 4x1 sobre o Grémio, mostrou novamente que não é um time de grande
qualidade passageira, transitória. É um dos candidatos ao título do
Brasileirão. A dupla de ataque formada por Matheus Pereira e Kaio Jorge, foi
brilhante. Lucas Silva tem jogado muito bem. Raramente erra passes e faz as
escolhas certas. Leonardo Jardim contrariou o clichê de que um treinador
precisa de muito tempo para organizar um time.
Parabéns ao
jovem treinador Filipe Luís pelas críticas claras, contundentes e verdadeiras
ao comportamento antiprofissional de Pedro, que acontece há muito tempo. Foi
também uma maneira de o técnico responder às críticas pela não escalação do
jogador. O futebol não pode tolerar jogadores mimados, sem consciência
coletiva. Espero que Pedro reveja o comportamento, pois é um ótimo jogador.
As coisas
costumam ser transitórias, mas deveriam ser vividas como se fossem eternas.
Assim é também no futebol. Cada jogo tem que ser disputado como se fosse o
ultimo, o do título.
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Futebol: nem tudo é
previsível
https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/07/futebol-nem-tudo-e-previsivel.html
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