Corpo a corpo
Wilson
Freire
E rolamos e bolamos, nos chocamos
até virarmos dois eixos.
E suamos e molhamos e nadamos
até virarmos dois peixes.
Mergulhamos, afundamos e giramos
até perdermos o eixo.
Nos lançamos, nos cruzamos, nos traçamos
até virarmos um feixe.
O meu fluxo
teu refluxo
nós dois flácidos:
vertiginoso desleixe.
[Ilustração:
Leia também: "O homem vivo", poema de Lêdo Ivo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/08/palavra-de-poeta_9.html

Nenhum comentário:
Postar um comentário