Eduardo Bomfim, no portal Vermelho
O que vemos no
Brasil atual é o aprofundamento das políticas de mundialização do capital
financeiro sobre os Estados soberanos, contra as históricas conquistas
trabalhistas adquiridas através de muita luta, suor, sangue mesmo, desde o
final da 2ª Grande Guerra Mundial.
Trata-se de um
processo demolidor das sociedades erigidas nesses últimos 71 anos, com todas as
suas virtudes, e seus inumeráveis defeitos, em vários aspectos: político,
cultural, ideológico, econômico etc.
A globalização
financeira e parasitária vem se dando em etapas, não de maneira planejada mas
via sofreguidão acumulativa do capital fora do processo produtivo, para que não
fique pedra sobre pedra da sociedade contemporânea.
Na medida em que as
manifestações de resistências sociais, dos povos e nações, são postas na
defensiva através de uma hegemonia política totalitária, onde joga papel
preponderante a grande mídia globalizada associada ao rentismo, aí a Nova Ordem
mundial avança como uma retroescavadeira destruindo o tecido das sociedades.
Sob o falso discurso
de uma era sem fronteiras, do cidadão global, de uma única sociedade mundial,
destrói-se não só a identidade cultural, antropológica das sociedades, mas a
condição das nações serem protagonistas dos seus próprios destinos, submetendo-as
a um total desnorteamento.
Em recente artigo os
economistas Luís Gonzaga Belluzzo e Galípolo indicam que pela primeira vez a
renda dos 1% dos mais abastados do planeta equivale à de 99% da população. Esse
é o destino da sociedade a que a globalização da Nova Ordem mundial conduz.
Dizem os
economistas: “pretendem a rejeição ao outro, a reputação das causas do mal aos
que não são iguais, incitam o ódio de classe, gênero, raça, religião pelos
quatro cantos do globo... onde se manejam, através da política e da mídia, a
técnica das oposições binárias que se esparramam nas modernas interações das
redes sociais, tentam sustar a articulação do movimento de grupos sociais
heterogêneos em uma grande coalizão progressista (e patriótica), onde decisões
sejam permeadas por instâncias democráticas”.
É uma estratégia do
retorno ao poder das forças neoliberais ortodoxas pela via totalitária do
pensamento único, a criminalização da política. Cabe-nos a luta em defesa do
progresso social e da nação sob graves ameaças.
Leia mais sobre temas da atualidade:
http://migre.me/kMGFD
Nenhum comentário:
Postar um comentário