02 maio 2020

Devagar com o andor...


Sem noção da realidade
Luciano Siqueira

A Folha de S. Paulo de hoje noticia que quatro agremiações partidárias teriam oferecido legenda ao ex-ministro Sérgio Moro para a disputa presidencial de 2022.
Em tese, nada de errado nisso.
Partidos ou simples legendas eleitoreiras têm o direito de agregar às fileiras qualquer cidadão ou cidadã em pleno uso dos seus direitos políticos.
Como é o caso do controvertido Sérgio Moro.
Entretanto, há um traço de precipitação nessa atitude. Por duas razões: além de não se saber que futuro aguarda o ex-ministro, que fez graves acusações ao presidente Jair Bolsonaro que, pela sua natureza, têm inevitável efeito bumerangue: podem também atingir em cheio o denunciante. E, além disso, a natureza da crise que o País atravessa e a velocidade com que evolui recomendam cautela em relação ao calendário eleitoral.
Aparentemente, parte dos atores políticos presentes na cena do País ainda não acordaram para o sentido, a velocidade e o rumo dos presentes acontecimentos.

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