Que
tem a dizer a dupla Guedes-Bolsonaro?
Luciano Siqueira
Em suas falas truncadas e provocativas
quase diárias, o presidente Jair Bolsonaro não aborda sequer com mediana
profundidade nenhum problema. Seu “posto ypiranga” da economia, o ministro
Paulo Guedes, idem; limita-se a reafirmar sua crença (sic) de que em algum
momento (qual?) nossa economia decolará. Mesmo com a pandemia.
Entretanto, a realidade se encarrega
de pintar com cores dramáticas os impasses atuais e futuros com que se depara
nosso País.
Informações do Monitor do PIB, indicador do Ibre (Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) revelam que “o principal
pilar de sustentação” da economia brasileira, o consumo das famílias, apresenta
queda inédita em março deste ano: 6,5%.
Equivalente a dois terços do PIB (Produto Interno
Bruto), o consumo vinha crescendo 2% ao ano, em alguma medida evitando a débâcle
total da economia como um todo, em cenário de crescimento de pouco mais 1% do
PIB.
Em
ambiente de pandemia, agora o consumo das famílias se concentra em alimentos e
produtos farmacêuticos. Itens como vestuário e calçados, e os duráveis,
associados ao crédito (automóveis, elétricos e eletrônicos, etc.), registram queda
superior a 20%. Os serviços em geral sofreram retração de 5%.
Mundo afora,
esse tipo de diagnóstico tem motivado a injeção de investimentos estatais substanciais.
Para socorrer as atividades econômicas mais dinâmicas e reduzir em alguma
medida a perda acentuada de postos de trabalho.
No Brasil,
nada disso. Em março, houve retração de investimentos públicos de 5,8%.
O consumo
do governo, idem – segue estagnado.
Em suma: enquanto o presidente segue
em sua verborréia demagógica e insana e o seu ministro da Economia permanece
aferrado à sua profissão de fé “fiscalista” e se nega a despender os recursos
necessários ao reforço do sistema de saúde para o socorro da população e a
injetar dinamismo às atividades econômicas, a nação prossegue em seu cortejo
der sofrimento e luto.
Fique
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