Ana Cristina
Chagas*
Recentemente, tivemos que readaptar ou ressignificar os nossos
dias. Trago como reflexão em especial o dia de domingo. Escolhido por muitos, o
domingo abre margem para diversas interpretações e uma multiplicidade de
vivências em incontáveis âmbitos sociais.
Considerando as novas medidas adotadas de afastamento social, como
o isolamento e o distanciamento social, indispensáveis e efetivas para
minimizarmos a transmissão da COVID-19. Toda e qualquer modificação sendo ela
mais abrangente ou singular, deve levar em consideração os efeitos
transformadores capazes de alterar a rotina e nossas perspectivas diante da
realidade em que ocorre.
Ousando seguir com esperança mesmo diante dos dias
impossibilitados para alguns, e repleto de possibilidades para outros, considero
o “domingo” como a aurora da semana. Como um dia que precede as novas
expectativas, incertezas em um misto de sensações quando o futuro se atreve a
visitar o nosso presente.
O desafio da aurora da semana no que tange as nossas questões
emocionais está diretamente relacionado ao modo de como nos percebemos pessoas
em potencial. Para transformarmos a nós mesmos, uma vez que não conseguimos
transformar todas as situações que nos inquietam, investir energia em coisas
que possam nos fazer bem e que estejam ao nosso alcance no momento. Compreender
que tempos difíceis sempre vão existir, mas que cada experiência quando bem
vivenciada torna-se transformadora e capaz de fortalecer e intensificar a nossa
percepção e autopercepção.
A aurora é pulsante, os desafios também. Só passamos a ter
dimensão da evolução reluzente desta aurora quando nos disponibilizamos, pelo
fato de que a nossa esperança pode apresentar sentido ao momento presente, por
isso, talvez sentir seja um caminho!
*Ana
Cistina Chagas, Psicóloga Clinica e Social
[Ilustração: Arshile Gorky]
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