Ata
de uma tragédia prevista
Luciano Siqueira
É a tragédia do desemprego
pós-pandemia. Se a situação já era clamorosa antes do novo coronavírus, agora
se agrava e vem o pior pela frente.
leio no Valor Econômico de hoje que 20
mil trabalhadores, em média, perderam
o emprego na indústria automobilística em cada uma das crises de 1987, 1998 e
2015. E que as repercussões disso na cadeia de fornecedores basta multiplicar o
número por quatro.
Agora estima-se que o nível atual do emprego no
setor por apenas mais seis meses, após o encerramento dos programas de redução
de jornada e de salários previstos na Medida Provisória 936.
A maior parte das empresas de autopeças e das
concessionários afundam antes. Dependem de crédito.
Há dois meses as entidades representativas do setor
reivindicam que o governo seja garantidor de empréstimos bancários orçados em
torno de R$ 40 bilhões, em contrapartida de um crédito tributário ao governo
assumido pelas empresas da ordem de R$ 25 bilhões. Paulo Guedes e equipe se
mantém irredutíveis. Bolsonaro ou nada entende ou não apita mesmo.
E o buraco é imenso.
A Anfavea, que representa as montadores de veículos
automotores, trabalha com redução de 5 a 7% do PIB em 2020.
Em suma, falta ao governo um plano emergencial destinado
a preservar pelo menos parcialmente a produção e o emprego. Tal como no
enfrentamento da pandemia, o País carece de um governante que efetivamente
governe.
Fique
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