Até
onde chega a mensagem golpista?
Luciano Siqueira
A despeito das crises sanitária e
econômica, entrelaçadas, e da queda sequenciada dos índices de popularidade
pessoal e de confiança em seu governo, Jair Bolsonaro insiste em sua pregação golpista.
De voz própria ou através de porta-vozes conhecidos ou dissimulados nas
chamadas milícias digitais.
A receptividade nos altos escalões
militares tem sido objeto de declarações e análises com base em fontes não
identificadas. A balança não penderia favorável a um golpe.
E nas bases formadas por soldados, cabos e sargentos?
É uma camada que se supõe tenha votado
maciçamente no presidente. Entretanto, a julgar por levantamentos citados pelo
Valor Econômico, também nesse extrato o ex-capitão não estaria alcançando o eco
desejado à sua cantilena autoritária.
Pelo menos haveria uma divisão
acentuada entre os que aprovam o governo e se inclinaria a votar novamente no
presidente.
A reportagem ouviu integrantes de
associações de soldados, cabos e sargentos das polícias militares, por exemplo, que também se revelam contrários a
uma intervenção militar para fechar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal
Federal.
Como caldo de cultura da rejeição ao
presidente, um conjunto de medidas adotadas pelo governo que retiraram direitos dessas camadas
militares e seus dependentes, sem contudo reduzir privilégios da oficialidade.
O dado é importante, pois comparece
às análises da situação política em ebulição a hipótese de que Bolsonaro
contaria com essa base militar, que se associaria a milícias armadas e
entrelaçadas com o crime organizado, estimuladas pelas chamadas milícias
digitais.
Se também aí se esgarça sua base
social, a estratégia do caos pode ser interrompida com a própria interrupção do
mandato.
Fique
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