Crianças com doenças crônicas, sem vacina têm Covid
prolongada
Maria Fernanda Bádue fala sobre esses
sintomas posteriores, dos quais despontam dor de cabeça, cansaço, dificuldade
de concentração e sonolência, que podem se prolongar por até 12 meses após a
fase aguda da doença
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Quarenta e três por cento das crianças com comorbidades, não vacinadas, sofrem efeitos da covid-19 três meses após a infecção. Além disso, o público infanto-juvenil pode sofrer os efeitos da chamada “Covid longa”, que ocorrem após o período de infecção. É o que mostra um estudo feito pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Em entrevista, a especialista Maria Fernanda Bádue, infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e orientadora da primeira autora do estudo, explicou que as crianças com doenças crônicas, não vacinadas e que tiveram covid-19 podem ter sintomas persistentes da Covid. “Elas vão ter sintomas pós-Covid que não estão presentes no grupo controle, mostrando a importância da prevenção da Covid não só no momento da fase aguda da doença, mas prevenindo os sintomas a posteriori, da Covid longa.”
Sintomas
pós-Covid
Maria ressalta que o acompanhamento clínico de crianças e
adolescentes no pós-Covid é fundamental e reforça mais uma vez a importância da
vacinação. “Um dos principais objetivos da vacina é evitar a doença grave, mas
também evitar possivelmente os danos da doença — sequelas da covid-19, os
sintomas da Covid longa.” Isso de modo a proteger não só aquela criança
saudável, mas as outras que tenham uma doença crônica. Desses sintomas
posteriores, há dor de cabeça, cansaço, dificuldade de concentração e sono, inclusive
12 meses após a fase aguda da doença. “Um outro dado interessante é em relação
ao acompanhamento laboratorial. A maioria dessas crianças, se não todas elas,
tiveram, então, seus exames laboratoriais resolvidos. As alterações que tiveram
na fase aguda foram resolvidas nesse momento, mas vale destacar que a alteração
cardíaca para 22% das crianças permaneceu”, destaca a infectologista. Por outro
lado, o estudo observou que “não teve nenhum diagnóstico de diabete após a Covid”.
Para ler o estudo completo, clique aqui.
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