O ponto G já não é mais o mesmo
Luciano Siqueira
Até dias atrás prevaleceu a mística do
ponto G, cultuada há décadas.
O dito cujo, também denominado ponto de
Gräfenberg, em homenagem ao ginecologista alemão Ernst Gräfenberg, que teve a
primazia de identificá-lo, sendo estimulado pode elevar o prazer aos píncaros
do Everest.
Correto?
Talvez não exatamente.
Acontece que cientistas
norte-americanos acabam de descobrir — não sei se com a devida precisão — que
não se trata exatamente de uma área, digamos bem localizada, dita ponto.
Trata-se de pelo menos cinco estruturas no tecido vaginal.
Bom ou ruim?
Certamente bom, desde que devidamente
sensibilizadas num instante em que o amor e o desejo se entrelaçam e
desconhecem limites.
Entretanto, fica sempre uma certa
frustração típica de descobertas muito detalhadas acerca da Natureza e das
sensações humanas.
Como se revelações científicas reduzissem
o romântico espaço da mais pura imaginação — traduzida em verso e prosa.
Ao comentar o assunto, o amigo
Epaminondas foi taxativo:
— Quando a ciência esclarece muito,
perde a graça!
Será?
Talvez não.
Nesse caso mesmo, se não há apenas uma
área sensível, mas cinco áreas ao todo, bem que a volúpia pode alcançar o
êxtase quintuplicado.
Acho que sim. A comprovar.
[Ilustração: Tauia Aguiar]
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Pesquisas
eleitorais revelam tendências que devem ser estudadas https://bit.ly/3Ixrze0
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