05 maio 2022

Caminhos da convergência

A unidade não é cinza

Luciano Siqueira, portal Vermelho



A convergência de ideias e propósitos é essencial em todos os instantes da luta política.

Tão indispensável quanto às vezes difícil de construir.

Tanto porque comporta interesses contraditórios, como deve respeitar o caráter multicolorido da conjugação de forças.


Operação necessariamente trabalhosa, portanto.


Unir forças políticas as mais amplas e diversificadas no cenário de crise profunda, num país imenso e multifacetado com o Brasil, mais ainda.

Daí a absoluta necessidade de vozes de descortino largo, paciência e habilidade.

Na construção da Aliança Democrática que derrotou a ditadura militar e elegeu Tancredo, eu ouvi do próprio então presidente eleito que "quando se pretende construir algo grande é preciso ter a paciência de ouvir até o que não se quer".

Naquele episódio, João Amazonas conduziu o PCdoB a um papel importante na construção da unidade das forças do campo democrático em torno de Tancredo.

A largueza e a diversidade necessárias agora em torno da candidatura de Lula à presidência da República percorre, em cada estado, meandros complexos devido ao entrechoque de interesses locais.


Sobrepor o projeto nacional dará muito trabalho até às convenções partidárias, de 20 de julho a 5 de agosto.


Cada estado da federação encerra uma contingência própria, que não se pode desconhecer.


Mais ainda quando lidamos com uma multiplicidade exagerada de legendas partidárias.


O PCdoB, como sempre embandeirado da unidade, supera limitações da sua força orgânica mediante perspectiva clara e habilidade tática. 


Nada fácil.


Em algumas situações, tem sido necessário elevar o tom da voz e se movimentar por conta própria para ter argumentos acolhidos.

Em Pernambuco, por exemplo.


Pois o matiz vermelho é indispensável à composição do arco-íris capaz de encantar e conquistar a maioria do eleitorado.

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Veja: Riscos da Frente Popular de Pernambuco https://bit.ly/3vxeWLZ

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