A unidade não
é cinza
Luciano Siqueira, portal Vermelho
A convergência de ideias e
propósitos é essencial em todos os instantes da luta política.
Tão indispensável quanto às vezes
difícil de construir.
Tanto porque comporta interesses contraditórios, como deve respeitar o caráter
multicolorido da conjugação de forças.
Operação necessariamente trabalhosa, portanto.
Unir forças políticas as mais amplas e diversificadas no cenário de crise
profunda, num país imenso e multifacetado com o Brasil, mais ainda.
Daí a absoluta necessidade de vozes
de descortino largo, paciência e habilidade.
Na construção da Aliança Democrática que derrotou a ditadura militar e elegeu
Tancredo, eu ouvi do próprio então presidente eleito que "quando se
pretende construir algo grande é preciso ter a paciência de ouvir até o que não
se quer".
Naquele episódio, João Amazonas
conduziu o PCdoB a um papel importante na construção da unidade das forças do
campo democrático em torno de Tancredo.
A largueza e a diversidade necessárias agora em torno da candidatura de Lula à
presidência da República percorre, em cada estado, meandros complexos devido ao
entrechoque de interesses locais.
Sobrepor o projeto nacional dará muito trabalho até às convenções partidárias,
de 20 de julho a 5 de agosto.
Cada estado da federação encerra uma contingência própria, que não se pode
desconhecer.
Mais ainda quando lidamos com uma multiplicidade exagerada de legendas
partidárias.
O PCdoB, como sempre embandeirado da unidade, supera limitações da sua força
orgânica mediante perspectiva clara e habilidade tática.
Nada fácil.
Em algumas situações, tem sido necessário elevar o tom da voz e se movimentar
por conta própria para ter argumentos acolhidos.
Em Pernambuco, por exemplo.
Pois o matiz vermelho é indispensável à composição do arco-íris capaz de
encantar e conquistar a maioria do eleitorado.
.
Veja: Riscos da
Frente Popular de Pernambuco https://bit.ly/3vxeWLZ
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