15 julho 2022

Cena eleitoral de Pernambuco (4)

Todas as apostas na TV?
TV ultrapassa em muito a comunicação digital quanto ao poder de influência sobre o comportamento do eleitor
Luciano Siqueira

O cenário da disputa eleitoral em Pernambuco vai tomando desenho definitivo no que diz respeito à composição das chapas majoritárias e, numa certa medida perceptível, às táticas dos principais contendores.

Por primeiro, a julgar pelos números das pesquisas recentes, o somatório das intenções de voto nos principais candidatos de oposição perfazem um total largamente superior ao desempenho do candidato da Frente Popular, Danilo Cabral, do PSB.

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Mas todos têm consciência de que esses números guardam uma boa dose de fragilidade, uma vez que a campanha propriamente dita sequer começou. Neles há muito de recall e do peso regional.

Marília, do Solidariedade, disputou há menos de dois anos o pleito da capital com explícito e persistente apoio do ex-presidente Lula. Agora sua campanha explora isso e obtém dividendos em intenções de voto.

Raquel, do PSDB, visivelmente se beneficia de intenções de votos concentradas em Caruaru e adjacências. 

Algo semelhante se verifica com Miguel Coelho, do União Brasil, lastreado em Petrolina e no Sertão do São Francisco; e com Anderson Ferreira, do PL, em Jaboatão e numa franja da Região Metropolitana do Recife.

Já Danilo Cabral se recente de ainda não ser reconhecido pelo grande público e, provavelmente, do desgaste natural de 16 anos consecutivos de governança do seu partido, o PSB.

A corrida será, provavelmente, por uma ida ao segundo turno.

E, para tanto, todos apostam do programa de TV, que ultrapassa em muito a comunicação digital quanto ao poder de influência sobre o comportamento do eleitor.

É claro que a TV não é a fórmula mágica. Mas pesará muito numa campanha curta, de pouco mais de 40 dias, inclusive gerando conteúdos a serem disseminados pelas redes sociais.

O que cada candidatura vai dizer e mostrar na telinha é que é o busílis da questão.

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