HOJE NA HISTÓRIA
Retomando a linha de, às segundas, dar um intervalo na pauta essencial da eleição presidencial deste ano, abordamos hoje personagens de extrema importância na luta feminista, a partir do registro da fundação da entidade sufragista mais importante da história
Emmeline Goulden Pankhurst (1858/1928) foi a principal organizadora e líder da
nova associação e, segundo o site www.greelane.com, ela “nasceu em Manchester, Inglaterra, em 1858, filha de
pais liberais que apoiavam os movimentos antiescravidão e [pelo] sufrágio feminino. Pankhurst participou de sua primeira reunião de sufrágio
com sua mãe aos 14 anos, tornando-se devota à causa do sufrágio feminino desde
cedo”.
Ememeline era casada com Richard Pankhurst, advogado radical, e
teve filhas igualmente combativas e radicais – Christabel, Sylvia e Adela – que
jogaram também papel importante na luta pelos direitos das mulheres e, muito
especialmente, pelo direito ao voto feminino. Eram as “sufragistas” e usaram,
algumas vezes, métodos nada pacíficos em defesa de suas causas e um dos
momentos mais dramáticos foi a morte da militante Emily Davison, que se jogou
na frente do cavalo do rei Jorge V e foi pisoteada pelo animal. A saga dessas
mulheres pode também ser conferida no filme “As Sufragistas” (2015, produção
anglo-irlandesa dirigida por Sarah Gavron).
A União Social e Política das
Mulheres encerrou suas atividades, em 1917, assim
como boa parte das entidades avançadas e internacionalistas por conta das
divisões políticas causadas pelos posicionamentos divergentes face à I Grande
Guerra Mundial. Emmeline e sua filha Christabel fundaram o Partido das Mulheres.
Sobre Emmeline, a Wikipédia
disponibiliza um longo e detalhado verbete, que vale a
pena ser estudado, assim como oferece verbetes menores – mas não menos
interessantes – sobre suas filhas, seu marido, e até sobre um dos netos.
Leitura recomendável.
Christabel Pankhurst (1880/1958) era a filha mais próxima a Emmelyne e
divergia politicamente (juntamente com a mãe) das duas irmãs. Exilou-se em
Paris e apoiou a guerra contra a Alemanha. Depois da paz de 2018, se
estabeleceu nos Estados Unidos, onde seguiu uma inusitada carreira religiosa
tornando-se uma pregadora do movimento Segundo Advento.
Sylvia Pankhurst (1882/1960) tornou-se militante comunista. Artista
plástica, pintava mulheres operárias, teve um filho único (Richard) aos 45
anos, em 1927. Posteriormente afastou-se da filiação partidária e seguiu
lutando contra o fascismo e contra o colonialismo. Passou a viver na Etiópia,
onde foi ajudar na luta contra a invasão dos fascistas italianos. Está
enterrada em Adis-Abeba como heroína etíope.
Adela Pankhurst (1885/1961) também seguiu inicialmente pela via da
extrema-esquerda e tornou-se fundadora do Partido Comunista da Austrália, em
1920, depois rompeu e passou para uma posição diametralmente oposta,
participando de grupos fascistas australianos, em 1941. Chegou a ser presa no
Japão, para onde viajara para pregar a paz (no meio da II Guerra), em 1942.
10 DE OUTUBRO DE
1903 – Fundada, na Inglaterra, a União Social e
Política das Mulheres (WSPU - Women's Social and Political Union),
provavelmente a entidade feminista mais importante da modernidade.]
Veja:
A poesia libertária de Cida
Pedrosa — de Bodocó e Recife para o mundo https://bit.ly/3mnZlcd
Um comentário:
Obrigado pela publicação! Alerto que cometi um erro de digitação em “paz de 2018” - o correto é “paz de 1918”
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