05 dezembro 2023

A saga palestina (5)

Os novos modos de guerra contra populações civis na Palestina
Quinto artigo da série Limpeza étnica na Palestina aborda o período que Ariel Sharon assume o governo e dá forma a novas elaborações de exercício de violência que definiram as ações de Israel sobre os Territórios Ocupados nos últimos vinte e três anos
Arturo Hartmann/Le Monde Diplomatique

Outubro de 2023 nos fez olhar novamente para a violência em Palestina/Israel. Mas se o jornalismo se entrega a uma espiral de fatos que correm o risco de mais confundir do que explicar, é necessário muitas vezes a frieza de explicar porquês e contextos. Algo que nas horas que precisamos bradar por um cessar-fogo, pelo fim de um genocídio, parece fora de lugar. Mas isso se torna importante já que não entender causas e porquês nos deixa perdidos e impotentes no “tiroteio de informações”. Além disso, se admitirmos que um ciclo de violência brutal deve acabar, há uma estrutura de opressão que deve ser desmontada.

Aqui refletimos sobre os legados das políticas formuladas e praticadas na primeira década dos 2000, especialmente no período da Segunda Intifada (2000-2004), para a atual lógica das formas de violência israelense sobre palestinos e palestinas na Faixa de Gaza.

A Segunda Intifada teve seu estopim em 28 de setembro de 2000, quando Ariel Sharon, então líder da oposição ao governo de Ehud Barak, organiza uma visita ao Monte do Templo acompanhado de mil policiais que fecham o acesso da Mesquita de al-Aqsa a palestinos muçulmanos.

Ato contínuo à visita, fortes choques ocorrem na cidade de Jerusalém, marcando a explosão do novo levante. Dois dias depois, os choques se espalham em grandes confrontos em toda a Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Inclusive, logo no dia 30 de setembro temos a famosa cena em que Jamal al-Durra protege seu filho, Mohammed, de um ataque de tropas israelenses. O menino de doze anos morre ali, em Gaza, naquele momento.

Reuven Pedatzur, um ex-oficial da força aérea israelense, em análise sobre a Intifada publicada em 2004, diz que achava estonteante o fato de que, nos primeiros dias “soldados nos territórios atiraram 1.300.000 balas”. Essa era a “tradução operacional” da consolidação de uma lógica entre os militares israelenses que o então chefe do Estado-Maior, Shaul Mofaz, levava adiante. Ele não queria acabar com o conflito, mas sim, a partir de um novo conceito desenvolvido entre 1999 e 2000, “finalmente ‘bater’ nos palestinos, ‘derrotá-los’ e levá-los a negociações em um estado enfraquecido e exausto”. Pedatzur se referia à expressão “queimar em suas consciências& rdquo; como a pedra fundamental da política do exército nos territórios ocupados. A conclusão do articulista é que o exército não lutava contra o terrorismo, mas operava militarmente contra o povo palestino.

A “GUERRA DE OSLO”

Quando os 2000 começam, os territórios ocupados já eram um barril de pólvora. A situação econômica palestina, depois de sete anos da assinatura de Oslo, em 1993, não tinha melhorado. A renda per capita na Cisjordânia e Faixa de Gaza eram estimadas em 10% abaixo do nível pré-Oslo, apesar da considerável assistência externa, que entre 1994 e 2000 girou em torno de US$ 4 bilhões[1]. Já a taxa de desemprego subiu de 3%, em 1992, para 32,6%, em 1996[2].

Além da estagnação econômica, restringida em grande parte pela ocupação que não acabara, havia a paralisação política, já que os palestinos enxergavam o aumento dos assentamentos de colonização israelense. Segundo dados da organização israelense Peace Now, em 1993, no primeiro ano de Oslo, foram 2.240 novas unidades; no ano seguinte, 1.320 novas moradias em território ocupado; em 1995, 2.584. Assim, nos anos iniciais de Oslo, entre 1989, quando o governo dos EUA começa a fazer as primeiras tentativas de sentar israelenses e palestinos numa mesa de negociação, e 2001, quando acaba o governo de Ehud Barak, a população de colonos nos Territórios Ocupados foi de 73.000 para 208.300. Os últimos dados, de 2020, dão conta de 451.700 colonos nos Territórios (mais 229.377 em Jerusalém Oriental).

Não por acaso, a Segunda Intifada foi chamada de a “Guerra de Oslo”. Do lado do colonizado, uma ação contra o seu sufocamento individual e coletivo. Do lado do colonizador, a tentativa de pacificar definitivamente a população por uma configuração definitiva da existência no território. Entre 2000 e 2004, a ação de grupos armados palestinos dentro dos territórios ocupados e os ataques terroristas dentro de Israel se confrontavam com a tentativa de destruição e aniquilamento do corpo coletivo palestino. Portanto, quando Sharon já como primeiro-ministro comanda a implementação de um conjunto que havia sido formulado na década anterior, o cenário de conciliação que se imaginava com o processo de Oslo já estava desmontado, pelo menos, desde 1995.

A estratégia que ganhava força então era o uso de aparato militar pesado contra a população civil. Já com a Intifada em curso, em agosto de 2001, Israel envia 70 tanques aos territórios e centenas de tropas cercam prédios da administração temporária palestina, algo que se tornaria repetitivo e sistemático já que o objetivo central era a destruição de Yasser Arafat. As cenas da invasão de Ramallah impressionam, mas não sabíamos então que elas seriam os primeiros passos das políticas aplicadas a Gaza em 2023.

A questão da crueldade da destruição do coletivo pode ser vista como Israel moldava a eliminação do líder palestino, que a seus olhos não conseguira oferecer a pacificação de grupos políticos e da população. Aharon Ze’evi Farsakh, então diretor de inteligência militar, teria consultado “três psiquiatras, sob contrato da inteligência militar, sobre o quão longe o exército deveria ir para despir Arafat de sua ‘honra’, o que queria dizer desligá-lo de seu poder”. O objetivo do exército era destruir “o mundo de Arafat até que os psiquiatras julgassem que ele estava no seu limite psicológico: na sua visão, no limite do colapso pessoal e físico”[3].

Esse “conceito” ganhou corpo antes de Sharon, com Ehud Barak, que revitalizou o conceito da Muralha de Ferro, de Wladimir Jabotinsky, da década de 1920[4]. A premissa central era que o povo nativo “resistirá a colonos estrangeiros enquanto verem qualquer esperança de se livrar do perigo de uma colonização estrangeira.” Isso posto, o esforço de colonização sionista só poderia ser implementado sob a proteção de uma força militar que os palestinos não conseguissem destruir, a Muralha de Ferro. Na prática, o contínuo confronto moldado por essa força “indestrutível” tinha o objetivo de, no longo-prazo, eliminar grupos resistentes à colonização. O passo seguinte era se aproximar de modera dos com quem se pudesse negociar.

Como ironia ou tragédia da história, esse novo conceito foi reelaborado durante a rodada de negociações de Camp David, entre 1999 e 2000, que supostamente definiria os termos que dariam fim ao “conflito”. O spoiler é que Yasser Arafat recusa a proposta de Israel. Barak e Bill Clinton, o então presidente dos EUA no último ano de seu segundo mandato, colocaram a culpa do fracasso nos ombros do líder palestino. Ou seja, o “conflito” não acabava pela irredutibilidade irracional de Arafat.

A proposta de Barak virou uma espécie de mito. O israelense ofereceu “tudo” que era possível e Arafat tinha uma vocação para rejeitar a paz, como toda liderança palestina antes dele. Mas, de acordo com pesquisadores que cotejaram seu conteúdo, Barak fez uma oferta que mantinha 20% do território fora das mãos dos palestinos, mantinha Jerusalém definitivamente anexada e mostrava que o Estado da Palestina seria descontínuo até uma suposta devolução do Vale do Jordão, que permaneceria entre 12 e 20 anos sob controle militar israelense. Dada a tendência de Israel de quebra de prazos de cessão de terras durante os anos 1990 e do aumento da colonização no período, Arafat tinha motivos para desconfiar. Além disso, Barak anexaria os conjuntos de assentamentos de Ariel, ao norte, e Maale Adumim, no centro da Cisjordânia.

O “conceito” elaborado vinha das conclusões que o primeiro-ministro e o círculo de comandantes militares tiram da “rejeição” de Arafat. Soa quase como uma armadilha que surge de uma soberba israelense. Isso porque Barak, a caminho de Camp David, tinha em mãos análise de sua inteligência militar sobre os termos que Arafat aceitaria: “Jerusalém (oriental) como capital e soberania sobre o Monte do Templo”, soberania sobre “97% da Cisjordânia, mais trocas na proporção de 1:1 em relação ao resto de território”; sobre a questão dos refugiados, uma fórmula que “incluísse o reconhecimento da responsabilidade de Israel (…), e a disponibilidade de aceitar de 20 mil a 30 refugiados.” No entanto, se em uma mão Barak sabia o que Arafat aceitaria, na outra ele levava a certeza de que poderia impor sua vonta de[5].

A implicação da formulação da “rejeição” foi o primeiro passo para trazer de volta uma atitude de guerra contra os palestinos, sob a conveniente lógica de que os israelenses eram honestos e abertos à paz e que os palestinos eram enganosos e queriam destruir Israel. O mantra de “nós sempre oferecemos a paz, eles sempre recusaram”. Mas essa lógica era, como mostrara Jabotinsky oitenta anos antes, o problema da não-aceitação da ordem imposta pelo colonizador ao colonizado. Foi essa associação com o passado que deu origem ao “conceito” (konceptzia, na transliteração do hebraico), o termo que os militares usariam depois de 2000 para destruir Arafat.

O “conceito”, no entanto, só ganha concretude Ariel Sharon. A rodada final de Camp David ocorre no final de julho de 2000. Três meses depois, a Segunda Intifada começa.  Em 6 de fevereiro de 2001, pouco menos de cinco meses depois de desfilar pelo Monte do Templo, o líder do Likud é eleito primeiro-ministro de Israel.

A LÓGICA DAS 1.300.000 BALAS

A “Guerra de Oslo” ocorre de fato em um período de 4 anos, de setembro de 2000 a outubro de 2004. Em novembro ela começa a ser arrefecida. No fim do mês, depois de uma visita do então secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, à região, o novo cabeça do Fatah depois da morte Arafat, em 11 de novembro de 2004, Mahmoud Abbas, promete suprimir os militantes palestinos. Em janeiro do ano seguinte, Abbas é eleito presidente da Autoridade Palestina. Sharon congratula o novo líder palestino que ele havia ajudado a colocar no poder. Mas esse foi o último episódio de uma capitulação final foi construída pelo avanço militar contra a população palestina.

O fato mais marcante foi o massacre no campo de refugiados de Jenin. No início de abril de 2002, o campo no norte da Cisjordânia fica sob cerco por dias. O jornalista Robert Fisk relata em seu livro “A Grande Guerra pela Civilização” que esse era um esforço dentro da retomada das cidades dos territórios, como Ramallah, Tulkarem, Nablus ou Jenin. Mas foi nessa última que os israelenses encontraram a mais forte resistência (em 9 de abril, contavam 23 soldados mortos) e onde seu exército cometeu o que ficou mais cristalino como um crime de guerra, com ataques de tropas e artilharia de helicópteros. Logo após os confrontos, Israel impediu a entrada de jornalistas no campo. De acordo com a ONU, foram 52 assassinatos, incluindo crianças e idosos.

A ação israelense no período, portanto, foi padronizada com o uso extensivo de tanques em operações terrestres e artilharia aérea por meio de helicópteros. Ainda assim, houve uso de caças militares, algo que hoje se tornou perversamente “normal”. Em 18 de maio de 2001, depois de um atentado em Netanya, Israel bombardeia as cidades de Nablus e Cisjordânia com caças F-16, sendo a primeira vez que os utilizava nos Territórios Ocupados.

O número de mortos, de acordo com o B’tselem, de setembro de 2000, quando explode a 2a Intifada, até dezembro de 2008, quando se faz a última tentativa de uma rodada de negociações na Conferência de Anápolis (entre Ehud Olmert e Mahmoud Abbas), foi de 1.033 israelenses e 4.878 palestinos mortos. Já no levantamento do autor Ramzy Baroud, publicado em 2006, foram 4.166 mortos palestinos, sendo 886 crianças.

Apesar de a violência israelense na Segunda Intifada ter sido moldada e formulada, do conceito à prática, na passagem do governo Barak para o de Ariel Sharon, a lógica de um plano para atuar nos territórios ocupados por meio de uma uma guerra já havia sido desenhada desde meados dos anos 1990.

Em 24 de setembro de 1996, dois meses depois de assumir o cargo após do assassinato de Rabin, Benjamin Netanyahu, o próprio, aprovou o início de escavações de um túnel na Cidade Velha de Jerusalém, vistas pelos palestinos como ameaça ao Haram al-Sharif, lugar sagrado onde está o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa. Quando a notícia se espalhou, um levante explodiu por toda a Cisjordânia. Foi assim que o exército percebeu que não estava preparado para conter novos levantes dentro das áreas dos territórios ocupados administrados pela Autoridade Palestina.  Isso impulsionou a elaboração de um plano para condução de um esforço de guerra de grande escala nos limites de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia. Assim surge a “Operação Campos de Espinhos”[6].

Anthony Cordesman, ex-assessor de segurança nacional do senador John Mccain (candidato à presidência dos EUA em 2000 e 2008), afirmou ser possível rastrear muitos dos detalhes vistos como prática do exército israelense na Segunda Intifada até os itens da “Campo de Espinhos”.

O plano, entre outras coisas, instituía o “uso de blindados e artilharia para isolar as grandes áreas de população palestina”. Estava também prevista a “penetração em território controlado por palestinos para destruir prédios e casas de onde ataques se originaram ou para prevenir ataques futuros”. O exército também considerava cenários de “prisão de oficiais da ANP e imposição de uma nova administração militar”. Por fim, o “Campo de Espinhos” referendava formas de punição coletiva sistematizadas, com “bombardeio, artilharia e ataques de helicóptero e aviões de combate a alvos e infraestrutura palestinos de alto valor, para punir elementos palestinos por ataques” e “uso do controle israelense sobre água, e nergia, comunicações e acessos a estrada para limitar o tamanho e duração de uma ação palestina”[7]. Ou seja, as políticas de violência e controle que vemos aplicadas a Gaza em 2023, ganharam sua primeira forma ainda em meados dos anos 1990, ainda no primeiro governo Netanyahu, e seu primeiro teste sob Sharon, entre 2000 e 2004. Isso pode ser observado, quando em 9 de outubro deste ano, dois dias depois do ataque do Hamas, Yoav Gallant, o ministro da Defesa israelense, ordenava o completo fechamento de Gaza. “Não haverá nenhuma eletricidade, nenhuma comida, nenhum combustível, tudo será fechado”. E completava: “Nós estamos lutando contra animais e nós estamos agindo de acordo”.

OS LEGADOS DE VIOLÊNCIA DA SEGUNDA INTIFADA: A NOVA MURALHA DE FERRO

Os monumentos mais importantes dessa conjugação da Operação Campo de Espinhos, de Netanyahu, do “conceito”, de Barak, e da implementação de Sharon foram o Muro e outros meios de segregação dentro da Cisjordânia e o cerco à Faixa de Gaza. Eles conjugam o esforço de guerra que lida não apenas com um problema de segurança, mas com a lógica mais profunda do dilema israelense de território e demografia.

A política decisiva de Sharon para Gaza, um de seus últimos atos antes do derrame que o tiraria da política, foi o plano de Desengajamento. Isso implicava a retirada de 8 mil colonos, além de equipes militares do território, o que, na sua visão, significaria o fim da ocupação de Gaza. Em resumo, Israel abria mão da autoridade governamental sobre os palestinos, mas mantinha controle sobre todos os pontos de acesso àquele território, assim como infraestrutura, eletricidade e suprimento de água limpa.

À toda essa reorganização da noção de exclusão política palestina, sobre a Faixa de Gaza recaiu uma outra forma de operar o exercício da violência. Essa nova fase foi desenvolvida nas operações do exército de Israel no Líbano, em 2006, durante o governo de Ehud Olmert. A nova abordagem estratégica ganhou o nome de Doutrina Dahyia, pois foi formulada nos ataques a posições do Hizbollah nos arredores de Beirute, no bairro de al-Dahyia. O princípio da doutrina era destruir linhas inimigas sem considerar qualquer dano colateral, ou seja, eliminar qualquer distinção entre alvos civis e militares tornando a mortes de não-combatentes em qualquer proporção uma consequência natural do objetivo do ataque.

Aliás, se há alguém que sabia desse procedimento, esse alguém era Gallant, o atual ministro da Defesa. A transposição da doutrina Dahyia do Líbano para a Faixa de Gaza é feita por ele quando era o comandante do exército no sul de Israel (Gaza era sua jurisdição da Ocupação). Quando Israel ataca Gaza sob a diretriz da doutrina Dahyia, na virada de 2008 para 2009, o então militar disse que o objetivo então era “enviar Gaza décadas no passado”.

Inclusive, quando houve neste mês de outubro uma escalada dos confrontos entre forças de Israel e forças do Hizbollah na fronteira norte, o ministro discursou a suas tropas que o grupo libanês “está cometendo erros e… aqueles que vão pagar o preço são primeiramente e principalmente os cidadãos do Líbano. O que nós estamos fazendo em Gaza, nós podemos fazer em Beirute.” Gallant podia ter sido mais exato: “o que começamos a fazer em Beirute, passamos a fazer em Gaza, e podemos fazer novamente em Beirute”.

Arturo Hartmann é jornalista e doutor em Relações Internacionais, especialista em Palestina/Israel com pesquisa sobre o processo dos Acordos de Oslo. É membro colaborador do Centro Internacional de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade Federal de Sergipe (CEAI-UFS).

Este artigo traz dados levantados na tese “A reformulação globalizada do espaço e da violência na Palestina: o mecanismo político global-local dos Acordos de Oslo”, defendida em dezembro de 2020 pelo programa San Tiago Dantas (UNESP/PUC-SP/Unicamp)

[1] TAGHDISI-RAD, Sahar. The Political Economy of Aid in Palestine: Relief from Conflict Or Development Delayed?. Routledge, 2010 (p. 56)

[2] GORDON, Neve. Israel’s Occupation, University of California, 2008 (p. 185)

[3] TYLER, Patrick. Fortress Israel: the inside story of the military elite who run the country – and why they can’t make peace. Londres: Portobello, 2012. (p. 445)

[4] SHLAIM, Avi. Muralha De Ferro, A: Israel E O Mundo Árabe, Ed. Fissus, 2009.

[5] CYPEL, Sylvain. Walled – Israeli Society at an Impasse. Nova York: Other, 2005. (p. 277).

[6] ENDERLIN, Charles. Shattered Dreams: the failure of the peace process in the Middle East 1995-2002. Nova York: Other Press, 2002; TYLER, Patrick. Fortress Israel: the inside story of the military elite who run the country – and why they can’t make peace. Londres: Portobello, 2012.

[7] CORDESMAN, Anthony. Israel versus the Palestinians: the “Second Intifada” and Asymmetric Warfare – Working draft. Washington: Center for Strategic and International Studies. Jul. 2002. (p. 184)

A questão palestina das intifadas aos dias atuais https://tinyurl.com/ymtc7s5e 

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