Tem que estar no Instagram?
Luciano Siqueira
Até recentemente se dizia que "se não saiu na Globo, não aconteceu".
Agora é o
Instagram.
Como se fosse um cartório
digital onde é preciso validar fatos, sensações, ideias.
— Por que não estou lhe
vendo no insta?, perguntou-me ontem uma amiga.
— Porque tenho postado
pouco, salvo no story, onde diariamente ponho versos de um poema e links do
blog www.lucianosiqueira.blogspot.com
— Sinto falta de saber o
que você anda fazendo.
Eis
a questão: uma vez figura pública, sempre exposto publicamente.
As
redes sociais reforçam uma curiosidade culturalmente marcante na sociedade
brasileira. Essa é a razão porque colunas de fofocas em jornais e revistas e
programas de rádio e TV semelhantes sempre tiveram muita audiência.
Imaginem um
tímido feito eu expondo nas redes cada detalhe da vida cotidiana. Nunca!
Assim mesmo,
além da luta política, de vez em quando registro cenas da vida em família.
Discretamente.
Agora, quem não
estiver assim tão interessado em detalhes íntimos, mas em fatos e opiniões da
cena política, arte, cultura, esportes, humor... basta frequentar diariamente o
'Blog de Luciano Siqueira'.
Não me parece
positivo como experiência humana e cultural essa ânsia de exposição nas
redes.
Uma espécie de
"complexo de influencer", que gera um tipo particular de competição,
explícita ou velada, acerca do número de seguidores de cada um.
Como se isso
fosse métrica de alguma coisa consistente.
Até porque, ao
que se sabe, importa essencialmente o grau de interação entre o dono do perfil
e os seus seguidores, sem o quê os números não passarão de números...
Sim, estou na redes — Instagram, Facebook e Tik Tok— mas sem outra pretensão além de estimular o debate de idéias e a luta política.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/01/contra-fake-news.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário