Pressão permanente
Luciano
Siqueira
Nos estertores do mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — fidelíssimo agente do sistema financeiro privado—, o complexo midiático dominante não abre a guarda e já antecipa a pressão sobre o futuro presidente do banco, Gabriel Galípolo.
Hoje, em editorial, a Folha de S. Paulo afirma que sob nova guarda o
banco central terá que carregar a política econômica.
Diz que a autoridade monetária deve se manter a salvo de pressão
política para conter o que chama de “descrédito da gestão petista do Orçamento”.
Ou seja, deve seguir a orientação do capital financeiro, que com o grande
agronegócio exportador forma os pilares do poder real, via funcionamento da
economia, que a classe dominante exerce, tentando impedir a todo custo que
vingue o projeto de reconstrução nacional do governo Lula.
Adverte o jornal paulista que com três novos indicados pelo presidente
da República para a diretoria do banco, muda a correlação de forças no Comitê
de Política Monetária (Copom), que arbitra a taxa básica de juros.
Nesse contexto, agem corretamente os que criticam partes substanciais do
recente pacote econômico adotado pelo governo, nos aspectos que refletem
claramente os interesses rentistas.
E o pronunciamento oficial do PCdoB é politicamente justo ao elencar as
críticas, porém sem ataques ao ministro Fernando Haddad.
Haddad obviamente não deve ser o alvo da crítica popular e progressista,
digamos assim. O alvo é o capital financeiro encalacrado na Faria Lima, este
sim inimigo da nação e do povo.
Leia sobre o pacote de medidas econômicas do governo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/11/palavra-do-pcdob_29.html
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