Felicidade a granel
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Neste sábado nublado e de muitos compromissos, vejo que o Estadão publica matéria cujo título já me deixa cabreiro: "Passei um mês em busca da felicidade. O que aprendi no caminho - e que você pode usar na sua vida."
No lide:
"Ela pode ser confundida com euforia e não significa uma vida livre de
tristezas, mas o que ‘dispara’ a felicidade na gente? Fui atrás de
especialistas e de experiências para descobrir...".
Vale a
pena ler? Tenho para mim que não. Até porque um mês é muito pouco para quem diz
conquistar a felicidade. Nesse embate, já acumulo quase 80 anos de
estrada!
No vasto
e complexo o mundo ocidental, aqui e alhures, a grande mídia dá espaço para
esse tipo de abordagem da vida. Nada essencial, nem consequente; apenas
conversa para boi dormir com uma elegante roupagem multimídia.
O danado
é que muita gente leva a sério. Ou finge. Não fosse isso o tema não seria
explorado com tanta superficialidade e inconsequência não apenas na mídia
impressa, mas igualmente na TV, no rádio e nas redes digitais
O Estadão
não está só nessa empreitada. Basta ligar o rádio e não demora alguém que se
diz psicólogo, ou filósofo, ou terapeuta manda o verbo aconselhando fórmulas e
simplificações do que por natureza é complexo — e é instigante que assim seja:
a vida.
Melhor é
tocar o barco mirando os propósitos que o tempo nos mostrou serem válidos, com
o espírito aberto para renová-los sempre.
Entre o
que dizem "especialistas" em felicidade das diversas modalidades e
Cecília Meireles, fico com a poeta: "A vida só é
possível/reinventada."
E que
cada um a reinvente segundo suas crenças, paixões e habilidades.
[Qual a
sua opinião?]
Leia também: “Vivos, lúcidos e ativos" https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/04/minha-opiniao_18.html

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