Do professor Carlos Calado sobre o meu artigo A irrecusável abordagem metropolitana da cidade (veja o texto em postagem anterior): A questão precisa ser tratada sob dois aspectos: o institucional e o político.
O aspecto institucional foi tratado pela FIDEM. Apesar de construído no regime de exceção, o arranjo institucional com o conselho metropolitano e suas câmaras, poderia ter trazido melhores resultados caso tivesse sido melhor utilizado.
Aí aparece o aspecto político. Numa repetição do que ocorreu com a SUDENE, o conselho foi esvaziado a partir da não participação dos gestores maiores, governadores e prefeitos. Suas excelências, salvo honrosas exceções, sempre preferiram ficar em seus gabinetes exercendo aquilo que acreditam ser poder, esquecendo que o verdadeiro poder se constrói com ações planejadas, participativas e compartilhadas, que apresentem à população, resultados.
Assim sendo, creio que o prefeito do Recife poderá de fato ser instrumento de transformação caso venha a capitanear a iniciativa de resgatar, atualizar e melhorar o conselho metropolitano. Mas atenção, deverá chamar o governador para também participar sob pena de vir a ser acusado, estou falando em qualquer época da história e não no momento atual, de estar querendo se preparar para ser governador e com isso, sem querer, atrapalhar a ação administrativa. Afinal, lutamos tanto pela democracia e não queremos retroceder devido a overdoses. Mais democracia e mais responsabilidade administrativa.
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