Diante das
dificuldades enfrentadas pelo ensino de ciências de uma maneira geral, Adilson de Oliveira propõe uma abordagem interdisciplinar para a
divulgação da física.
Ciência Hoje Online
(foto:
adaptado de Stephenie Schukraft / Flickr / CC BY-NC 2.0)
Falar sobre física para
as pessoas que não estão acostumadas com ela é uma das atividades acadêmicas
que mais gosto de fazer. Sabe por quê? Quando digo a alguém que sou físico,
muitas vezes recebo respostas do tipo “como você pode gostar de algo tão
chato?”; “a física é muito complicada e somente pessoas muito inteligentes
podem gostar disso!”; ou, ainda, “eu nunca consegui aprender nada de física…
odeio a física!” Isso sempre me incomodou. Afinal de contas, a física, como
outras ciências, é uma criação humana capaz de nos ajudar a compreender melhor
o mundo ao nosso redor.
O ensino da física na
educação básica sempre foi um grande desafio. Nos últimos anos, muitos esforços
foram feitos por educadores e físicos com objetivo de ensiná-la desde das séries
iniciais do ensino fundamental, no contexto do ensino de ciências. Porém, como
disciplina regular, a física aparece no ensino médio, quando se torna “um
terror” para muitos estudantes.
Nos meus cursos, procuro fazer também uma
aproximação com elementos culturais como poesia, música e arte, entre outros. O
desafio é sempre mostrar que a física pode ser fascinante.
Alguns dos temas que trabalho em “Física para
poetas” são inspirados nos artigos publicados nesta coluna, pois o exercício
mensal de escrever para Ciência
Hoje traz ideias
interessantes. Por exemplo, “A busca pela compreensão cósmica” é uma das aulas,
em que apresento a evolução dos modelos que temos do universo. Começando pelas
visões místicas e mitológicas e chegando até as modernas teorias cosmológicas,
falo sobre a busca por responder questões sobre a origem do universo e,
consequentemente, a nossa origem. Esse caminho é muito importante para
compreendermos o nosso lugar no mundo e na história. Destaco, principalmente,
que esse conhecimento foi construído por diversos atores e questões como a
própria escuridão da noite trazem respostas surpreendentes (veja a coluna “As escuras noites de
inverno”). Leia mais http://migre.me/uAY7X
Leia mais sobre temas da atualidade: http://migre.me/kMGFD
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