Bosco
Rolemberg, em seu blog
Em 1954, eu criança, vi a massa humana descendo a Rua de Maruim, numa explosão de revolta, na morte de Getúlio.
Em 1954, eu criança, vi a massa humana descendo a Rua de Maruim, numa explosão de revolta, na morte de Getúlio.
Em
1964, aos 17 anos, acordei com soldados do exército invadindo minha casa, nosso
quarto e levando o irmão mais velho, os livros, os projetos.
A casa
da Rua Santa Luzia, 150.
Tropas
e caminhões patrulhavam as ruas de Aracaju.
No meu
caderno de anotações, militante da juventude estudantil católica, sonhos e
projetos de um país soberano, democrático.
Depois,
seis anos de clandestinidade na AP/PC do B, cinco anos de prisão, na
resistência e luta contra a ditadura, coroados com a redemocratização do país
em 1985.
O valor
da liberdade e da democracia poderiam resumir as lições de toda uma geração.
Garantir o direito do povo de tomar o destino em suas mãos e fazer um país e uma cidade do nosso jeito.
Garantir o direito do povo de tomar o destino em suas mãos e fazer um país e uma cidade do nosso jeito.
Cada um
construir livre e conscientemente sua vida e seus projetos.
Resolvendo os conflitos, disputas, contradições e choque de interesses pelo diálogo e negociação.
Resolvendo os conflitos, disputas, contradições e choque de interesses pelo diálogo e negociação.
Hoje, a
caminho dos 70 anos, acompanho com emoção e indignação, o depoimento da
Presidenta Dilma.
O
Senado Federal, cheio de aparências e adereços, transformado em tribunal de
exceção.
A
disputa de projetos na tortura e no Senado.
Não
disfarçam o mesmo ódio e rancor que os torturadores davam vazão nos porões da
tortura, afirmando sim, que queriam um outro país, subordinado as grandes
potências, com o povo calado, submisso e sem direitos sociais.
O
programa de governo derrotado nas eleições de 2014 começa a ser aplicado
rapidamente.
Dilma,
engrandecida.
Corajosa,
altiva, enfrenta com bravura este momento de traição e injustiça.
Não
nega a dor do golpe contra a democracia.
Resiste.
No
momento mais difícil, ela se agiganta.
Os representantes
de Sergipe no Senado mantiveram suas posições golpistas e enveredam pelos
porões do governo ilegítimo.
Não
souberam honrar os votos que garantiram a vitória de Dilma no Estado.
Saem
deste episódio, envergonhando a consciência democrática dos sergipanos.
Haveremos
de encontrar o melhor caminho hoje, que unifique a Nação, respeite os mandatos
legítimos e devolva ao povo a soberania das suas decisões.
Assim
enfrentamos os tempos que vivemos: dedicamos o melhor de nossas vidas para ver
o país democrático, desenvolvido, soberano e socialmente justo.
Termino
cantando Renato Russo:
“E nossa história não estará
pelo avesso
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos”
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos”
Leia mais sobre temas da
atualidade:http://migre.me/kMGFD
Nenhum comentário:
Postar um comentário