Eduardo
Bomfim, no portal Vermelho
Com a votação no Senado que define a presidente Dilma Rousseff como ré em processo de impeachment, atinge nova fase a tendência da sua destituição do cargo de principal mandatária do País legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos, sem qualquer acusação que desabone sua integridade, desrespeito à Constituição, substituída pela ilegítima, anacrônica gestão Temer.
Mas
como se afirmou não é possível falar em democracia real enquanto existir o
monopólio da comunicação no Brasil em mãos de um restrito, privado grupo de
poderosas famílias, com seus interesses, associadas ao capital financeiro
global, às forças retrógradas e às demandas geopolíticas contrárias aos
interesses nacionais.
Em
consequência de tal formulação narrada por vários cientistas políticos,
historiadores, jornalistas etc., pode-se dizer que a plena democracia no Brasil
não foi consolidada até os dias atuais.
Quando
se diz o contrário, superestima-se o relativo clima de liberdades democráticas
com que convivemos desde a promulgação da Constituição de 1988. Porque a
verdade é que a sociedade tem sido refém dos interesses da grande mídia
monopolista, das grandes corporações financeiras e elites retrógadas a elas
associadas ou submissas.
O
proclamado espírito republicano na política é superficial e frágil já que é
tolerado enquanto os interesses desse seleto grupo nativo e global não se
encontram contrariados frente a qualquer cenário interno ou geopolítico
mundial.
Num
mundo em movediça transição a uma ordem global multilateral, conflitos
sangrentos, desestabilizações de governos soberanos, sem um projeto estratégico
de desenvolvimento a nação encontra-se desnorteada, à mercê de tempestades de
ódios difusos, viralizados através das redes sociais, como denunciou Edward
Snowden, ex-agente da CIA, e do oligopólio midiático.
O
Estado nacional à deriva sob ataques da financeirização neoliberal, as
liberdades políticas agredidas a pauladas quando convém aos setores alinhados
aos grupos monopolistas, adversários do protagonismo das grandes maiorias da
nação.
Assim,
na ação política concreta urge a convocação de eleições presidenciais, via
plebiscito, para que se retome a via democrática interrompida. Tanto como um
projeto nacional de desenvolvimento estratégico que indique novos rumos ao
País.
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