O legado de cada um sob o crivo de quem julga
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Em entrevista recente, o senador Romero Jucá, presidente nacional do MDB, reconhece a inconveniência de Temer se envolver pessoalmente na campanha presidencial de outubro. São tantos os carimbos negativos tatuados em seu corpo que, ao inverso do Rei Midas, quem receber seu apoio perde votos.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Em entrevista recente, o senador Romero Jucá, presidente nacional do MDB, reconhece a inconveniência de Temer se envolver pessoalmente na campanha presidencial de outubro. São tantos os carimbos negativos tatuados em seu corpo que, ao inverso do Rei Midas, quem receber seu apoio perde votos.
Entretanto — diz o prócer
emedebista — o candidato do partido deve defender o legado do governo Temer.
Uma flagrante contradição, pois
justamente esse legado é que faz de Temer o mais rejeitado presidente da
História do Brasil.
No outro extremo, Lula persiste na
tentativa de validar sua candidatura, ainda que constrangido ao cárcere,
arguindo a defesa do legado do seu governo. E, apesar do bombardeio diário da
mídia monopolizada, segue ostentando o primeiro lugar em todas as pesquisas
sobre intenção de votos para a presidência da República.
Aí está o "x" da
questão. Há uma elevação relativa, mas consistente, da capacidade de
discernimento do povo brasileiro, ainda que sob múltipla, sofisticada e
gigantesca pressão midiática.
Enquanto os dois governos Lula e o
primeiro governo Dilma promoveram o crescimento econômico socialmente
inclusivo, ensejando mobilidade social ascendente sem precedentes, o governo
Temer — ilegítimo porque fruto de um golpe institucional — em apenas dois anos
retroage duas décadas e leva o País ao fundo do poço.
Esse é o conteúdo essencial do
grande embate eleitoral de outubro, em plano nacional. A disputa de projetos, em
bases renovadas — seja para aprofundar a aventura ultra liberal, conteúdo das
diversas pré-candidaturas do campo governista, seja para superar a crise e
imprimir novo rumo, de natureza soberana, democrática e inclusiva.
Entre os dois blocos antagônicos,
a sociedade brasileira — e a sua parte amplamente majoritária, o povo — a quem
cabe julgar através do voto.
Em ambos os lados persiste ainda
sem solução a conjugação de forças necessária para o êxito eleitoral.
Os governistas ainda se vêem
dispersos, pano de fundo do bate cabeças na cúpula do MDB e da declaração
contraditória do senador Jucá.
Também as oposições ainda aguardam
decisões judiciais para que se defina qual o papel do seu maior líder, o
ex-presidente Lula, na peleja.
Postura consequente tem adotado a
jovem e experiente pré-candidata Manuel D'Ávila, do PCdoB, que avança na defesa
de um novo projeto nacional de desenvolvimento e propugna a unidade
oposicionista já no primeiro turno.
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