04 maio 2020

Emoção sincera


Pelo WhatsApp recebi do amigo Firmo Neto:


Emocionado, escrevi isso:
Ele morreu. Um dos maiores letristas do Brasil, faleceu.
Aldir Blanc autor de "O Bêbado e o Equilibrista", morre aos 73 anos.
Com bela melodia de João Bosco, a musica foi sucesso.
Entrei no site da Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal. NENHUMA NOTA SOBRE O FALECIMENTO.
Fui pesquisar e descobri que a Secretária de Cultura, Regina Duarte, mandou uma carta reservada a família do compositor, mas que não divulgaria seu conteúdo, com "medo" de represálias dos grupos bolsonaristas.
Uma mulher de mais de 70 anos se passar pra isso. Que vergonha!
Sim, a letra era de esquerda sim. Sim, os abestados de direita cantaram sim, sem saber o que significava.
Sim, faz referências a pessoas torturadas sim, como Clarice Herzog, esposa de Vladimir Herzog, torturado e morto em 1975. Sim, tudo isso foi verdade.
Idiotas. Burros. Patifes. Entendam a letra, seus burros.
O bêbado e o equilibrista
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona de um bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco
Louco, o bêbado com chapéu-côco
Fazia irreverências mil pra noite do Brasil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo-de-foguete
Chora a nossa pátria, mãe gentil
Choram Marias e Clarices no solo do Brasil
Mas sei, que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista tem que continuar.

 

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