Nem
sempre sou plenamente identificado
Luciano Siqueira
Muita gente alimenta a falsa ideia de que hoje, por força de implacável jogo algorítmico, empresas sabem tudo de cada um de nós.
Certamente sabem muito. Mas com algumas lacunas.
Uma
das lojas onde adquiri, algumas vezes, eletrodomésticos e utilidades várias,
acaba de me enviar por e-mail mensagem pretensiosa: "Luciano, seu pai
merece o melhor presente no dia de hoje!"
E
tome ofertas, as mais diversas.
Acontece que
meu pai faleceu em 1958!
Logo, estou no
"mapa de caça aos clientes" dessa empresa, mas nem tanto.
Sinto até um laivo de
satisfação ao perceber que pelo menos algum detalhe do que sou e do modo como
vivo e luto tenha escapado dos tais algoritmos.
Bom saber que
nem sempre sou plenamente reconhecido.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/07/o-dominio-da-inteligencia-artificial.html
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