Empreitada de grande magnitude
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Como tudo na vida, quando se passa de uma fase considerada positiva para outra desastrosa, surge a necessidade de se examinar a fundo e criteriosamente, na fase anterior, não apenas o que aconteceu de bom, mas igualmente equívocos e desacertos.
É o caso do Brasil atual, considerando os 12 anos de governo Lula-Dilma e o regressivo momento presente sob o governo de Michel Temer.
Uma fase de importantes conquistas e transformações sucedida pelo retrocesso social, econômico, institucional e político.
Isto sob uma correlação de forças hoje francamente favorável aos que perpetraram o golpe parlamenta-judiciário-midiático e governam, com Temer obedecendo aos que por trás da cena movimentam os cordéis, os senhores do setor rentista, que ora dão as cartas no mundo em crise.
No passado recente, a propósito de uma avaliação crítica multilateral, será necessário avaliar até onde foi possível avançar no papel do Estado como indutor do desenvolvimento, na prática de uma política externa altiva e afirmativa da soberania nacional, no crescimento econômico com inclusão social e redistribuição de renda e combate às desigualdades sociais e no processo de construção da democracia.
Uma agenda, portanto, densa e complexa. Irrecusável pelas forças que hoje se batem na oposição.
Basta que se pince, nessa agenda, a ausência de mobilização popular em favor de reformas estruturais, que sobretudo o presidente Lula, no auge do seu prestígio e na esteira da ascensão social de cerca de 40 milhões de pobres, poderia ter feito.
Também não se ter enfrentado o principal inimigo do povo brasileiro, contra o qual, com consistência e habilidade, seria possível uma ampla mobilização da sociedade - o capital rentista.
De tal sorte que, agora, em combinação com o protesto e a denúncia e com rexistência no parlamento e nas ruas, cumpre elevar o nível do debate, digamos assim, programático.
Ou, melhor dizendo, a busca de uma plataforma capaz de unir amplas forças sociais e políticas tendo em conta as eleições gerais de 2018.
Nessa plataforma, como expressão da pluralidade e da amplitude, absolutamente indispensáveis, o destaque para a defesa da democracia, dos direitos e conquistas dos trabalhadores, a retomada do crescimento econômico inclusivo, com pesados investimentos estatais e a retomada da política externa independente e soberana.
Empreitada de tamanha magnitude requer postura verdadeiramente democrática na consideração de divergências no campo oposicionista, assim como impõe habilidade e senso de objetividade na conquista de novos apoios, eventualmente desgarrados do atual campo governista.
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Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Como tudo na vida, quando se passa de uma fase considerada positiva para outra desastrosa, surge a necessidade de se examinar a fundo e criteriosamente, na fase anterior, não apenas o que aconteceu de bom, mas igualmente equívocos e desacertos.
É o caso do Brasil atual, considerando os 12 anos de governo Lula-Dilma e o regressivo momento presente sob o governo de Michel Temer.
Uma fase de importantes conquistas e transformações sucedida pelo retrocesso social, econômico, institucional e político.
Isto sob uma correlação de forças hoje francamente favorável aos que perpetraram o golpe parlamenta-judiciário-midiático e governam, com Temer obedecendo aos que por trás da cena movimentam os cordéis, os senhores do setor rentista, que ora dão as cartas no mundo em crise.
No passado recente, a propósito de uma avaliação crítica multilateral, será necessário avaliar até onde foi possível avançar no papel do Estado como indutor do desenvolvimento, na prática de uma política externa altiva e afirmativa da soberania nacional, no crescimento econômico com inclusão social e redistribuição de renda e combate às desigualdades sociais e no processo de construção da democracia.
Uma agenda, portanto, densa e complexa. Irrecusável pelas forças que hoje se batem na oposição.
Basta que se pince, nessa agenda, a ausência de mobilização popular em favor de reformas estruturais, que sobretudo o presidente Lula, no auge do seu prestígio e na esteira da ascensão social de cerca de 40 milhões de pobres, poderia ter feito.
Também não se ter enfrentado o principal inimigo do povo brasileiro, contra o qual, com consistência e habilidade, seria possível uma ampla mobilização da sociedade - o capital rentista.
De tal sorte que, agora, em combinação com o protesto e a denúncia e com rexistência no parlamento e nas ruas, cumpre elevar o nível do debate, digamos assim, programático.
Ou, melhor dizendo, a busca de uma plataforma capaz de unir amplas forças sociais e políticas tendo em conta as eleições gerais de 2018.
Nessa plataforma, como expressão da pluralidade e da amplitude, absolutamente indispensáveis, o destaque para a defesa da democracia, dos direitos e conquistas dos trabalhadores, a retomada do crescimento econômico inclusivo, com pesados investimentos estatais e a retomada da política externa independente e soberana.
Empreitada de tamanha magnitude requer postura verdadeiramente democrática na consideração de divergências no campo oposicionista, assim como impõe habilidade e senso de objetividade na conquista de novos apoios, eventualmente desgarrados do atual campo governista.
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