Desafios
estruturais na luta presente
Luciano Siqueira,
no Blog de Jamildo/portal ne10
As transformações estruturais no Brasil historicamente sempre se deram
de modo lento e gradual. Nosso país não é e nunca foi dado a rupturas em seu
processo civilizatório.
Vide as reformas urbanas e agrária, que se arrastam há décadas, acumulando pequenas conquistas, ainda longe de uma mudança de qualidade.
No recém-interrompido ciclo transformador dos governos Lula-Dilma - sem desconhecer as importantes conquistas sociais, a afirmação da soberania do país na cena internacional e o esforço real de democratização das relações entre governo e sociedade civil -, cabe anotar dentre as muitas insuficiências a não realização de reformas estruturais de sentido progressista.
É verdade que as maiorias parlamentares circunstanciais obtidas por Lula e por Dilma nunca alcançaram a qualidade necessária para que se avançasse de modo consistente nessa matéria. Mas se poderia ter tentado, numa combinação entre os esforços junto ao Senado e à Câmara e a mobilização popular — que em alguns momentos poderia ter ganhado enorme amplitude, na esteira da ascensão social de cerca de 40 milhões de brasileiros e do enorme prestígio do presidente da República.
Provavelmente se teria conquistado não mais do que alguns avanços parciais no que se refere às reformas tributária, agrária, urbana, educacional, política e do sistema de comunicações.
Nesse mesmo sentido, também nas esferas do Judiciário, da segurança cidadã e do Sistema Único de Saúde.
Porém a corrente política hegemônica carecia de um projeto estratégico para além do governo imediato da nação. E aos que se batiam por um novo projeto nacional de desenvolvimento, faltava força suficiente no âmbito da coalizão governista e do conjunto da sociedade.
Assim, quando se assiste agora o rápido desmonte das conquistas parciais alcançadas, volta à tona a imperiosa necessidade de se combinar a resistência imediata com a formulação de uma plataforma de lutas apta a unir um amplo arco de forças políticas e sociais interessadas na retomada do ciclo transformador, em patamar superior.
A maré não está para peixe, é verdade. As forças golpistas é que têm a iniciativa no presente momento. Entretanto, a própria agenda do atual governo — pela sua natureza drasticamente antipopular — semeia na sociedade a insatisfação e o desejo superação da crise com uma agenda progressista.
Vide as reformas urbanas e agrária, que se arrastam há décadas, acumulando pequenas conquistas, ainda longe de uma mudança de qualidade.
No recém-interrompido ciclo transformador dos governos Lula-Dilma - sem desconhecer as importantes conquistas sociais, a afirmação da soberania do país na cena internacional e o esforço real de democratização das relações entre governo e sociedade civil -, cabe anotar dentre as muitas insuficiências a não realização de reformas estruturais de sentido progressista.
É verdade que as maiorias parlamentares circunstanciais obtidas por Lula e por Dilma nunca alcançaram a qualidade necessária para que se avançasse de modo consistente nessa matéria. Mas se poderia ter tentado, numa combinação entre os esforços junto ao Senado e à Câmara e a mobilização popular — que em alguns momentos poderia ter ganhado enorme amplitude, na esteira da ascensão social de cerca de 40 milhões de brasileiros e do enorme prestígio do presidente da República.
Provavelmente se teria conquistado não mais do que alguns avanços parciais no que se refere às reformas tributária, agrária, urbana, educacional, política e do sistema de comunicações.
Nesse mesmo sentido, também nas esferas do Judiciário, da segurança cidadã e do Sistema Único de Saúde.
Porém a corrente política hegemônica carecia de um projeto estratégico para além do governo imediato da nação. E aos que se batiam por um novo projeto nacional de desenvolvimento, faltava força suficiente no âmbito da coalizão governista e do conjunto da sociedade.
Assim, quando se assiste agora o rápido desmonte das conquistas parciais alcançadas, volta à tona a imperiosa necessidade de se combinar a resistência imediata com a formulação de uma plataforma de lutas apta a unir um amplo arco de forças políticas e sociais interessadas na retomada do ciclo transformador, em patamar superior.
A maré não está para peixe, é verdade. As forças golpistas é que têm a iniciativa no presente momento. Entretanto, a própria agenda do atual governo — pela sua natureza drasticamente antipopular — semeia na sociedade a insatisfação e o desejo superação da crise com uma agenda progressista.
Ou seja, o caldo de cultura para o bom combate no pleito vindouro.
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