04 julho 2023

Regulação necessária

Datafolha: 61% dos brasileiros acreditam que não se pode “postar qualquer coisa em redes sociais”

Hora do Povo

 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Datafolha, 61% dos brasileiros acreditam que não é possível postar “qualquer coisa” nas redes sociais. O instituto entrevistou 2.010 pessoas e apresentou a afirmação: “As pessoas devem ter o direito de dizer o que pensam nas redes sociais, mesmo que isso ofenda alguém”.

Enquanto 61% acha que as redes sociais não são terra de ninguém e deve haver alguma regulação do que pode ou não ser afirmado, 38% defendem que não deve haver regulação.

Ainda sobre a frase utilizada para a pesquisa, 44% discordam completamente dela, enquanto 17% discordam parcialmente. A análise dos resultados revela que 25% concordam totalmente com a afirmação, enquanto 13% concordam parcialmente.

O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 14 de junho, em 112 cidades, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos. Foi observado que os mais jovens (66% entre 16 e 24 anos) e os mais escolarizados (67% entre aqueles com diploma de curso superior) apresentam uma resistência maior à ideia de liberdade total. Por outro lado, a aceitação da afirmação foi maior entre os homens (41%) do que entre as mulheres (34%).

A pesquisa é realizada em meio ao debate acerca dos limites da liberdade de expressão na internet e a discussão no Congresso do PL 2630, ou PL das Fake News, que prevê a regulação do uso das plataformas digitais, as chamadas Big Techs, e propõe criminalizar a divulgação de conteúdo falso e de ódio, além de responsabilizar as redes por irregularidades cometidas em seus ambientes virtuais.

A pesquisa mostra que a regulação das redes está em consonância com o anseio da população.

Conteúdos de ódio são estimulados por comunidades na internet. Essas comunidades, no passado, estiveram bem escondidas em canais de difícil acesso, mas agora operam à luz do dia no Twitter, no TikTok, no Discord, entre outras. Por isso a regulação é fundamental, para que exista as leis e que as empresas passem a ter de fazer esforços para moderar conteúdos falsos, de ódio e afins.

O projeto, de autoria do deputado federal Orlando Silva (PCdoB), aguarda a votação no Plenário da Câmara.

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