Para mitigar riscos da IA na saúde
Luciano Siqueira
Oportuna a iniciativa da Organização Mundial da Saúde ao divulgar recomendações no sentido de ampliar benefícios e prevenir riscos da inteligência artificial.
O propósito é ousado — tanto quanto difícil sua viabilização prática. As instituições multilaterais — a ONU em particular — têm se revelado insuficientes para darem conta das relações entre estados nacionais, envoltos em guerras e conflitos de toda espécie.
A OMS é quase uma exceção. Ganhou muito prestígio na gestão da pandemia da covid.
Entretanto, a governança global para o futuro da inteligência artificial na saúde, agora pretendida, envolve poderosos interesses de empresas multinacionais, acobertados sobretudo pelo países capitalistas mais desenvolvidos.
O alvo da OMS é uma governança ética de grandes modelos multimodais — em inglês, LMMs.
Os LMMs, anota o boletim ONU News, realiza tarefas não programadas explicitamente através de plataformas como ChatGPT, Bard e Bert.
São cerca de 40 recomendações da OMS a governos, empresas de tecnologia e prestadores de serviços de saúde.
Abrangem diagnóstico e atendimento clínico e investigação de sintomas e tratamentos, dentre outros itens.
Uma agência reguladora específica, a ser criada, cumprirá essa missão.
Mas entre a bem intencionada proposta e a sua efetivação prática haverá muita água a transitar pelas hoje frágeis pontes da diplomacia internacional.
Para além do horizonte visível https://bit.ly/3Ye45TD
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