Mulheres militares interditadas?
Luciano Siqueira
Tendo por base ação que tramita no Superior Tribunal Federal, o Exército orienta o governo a se posicionar contra que mulheres tenham acesso a todas as carreiras militares.
Os argumentos se concentram em questões relacionadas ao biotipo feminino, supostamente limitador do exercício de determinadas funções — particularmente de combate.
A partir do início dos anos 70, a maior parte dos exércitos ocidentais passou a admitir mulheres nas suas fileiras, com crescente acesso ao exercício das mais variadas funções.
Nos países do campo socialista, historicamente o acesso de mulheres sempre teve outro desenho, associado à luta revolucionária.
Assim mesmo, não faz muito tempo (em 2018) que a Marinha chinesa promoveu pela primeira vez uma mulher comandante, Wei Huixiao, de 40 anos.
O Exército brasileiro permite a entrada de mulheres em seus quadros desde 1992. A participação feminina, porém, avançou pouco: elas representam somente 6% do efetivo da Força Terrestre —13.017 num universo de mais de 212 mil militares ativos, registra a Folha de S. Paulo.
Seja pelo emprego ascendente de mecanismos e armamentos de natureza sofisticada, seja pelo reconhecimento do papel da mulher na sociedade e pela luta pela igualdade de gênero, o posicionamento do governo não deve, a meu ver, seguir a orientação atribuida ao Exército.
Mulheres não devem ter interditado o seu acesso às diversas funções e carreiras nas Forças Armadas.
O outro lado do que acontece https://bit.ly/3Ye45TD
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