O mote dos subservientes
Luciano Siqueira
Já interamos três dias em que a grande mídia corporativa, comprometida com o mercado financeiro e os interesses externos, repete a cantilena de que Lula errou ao se referir ao holocausto quando criticou o comportamento genocida de Israel em relação aos palestinos da faixa de Gaza.
Ainda que se possa fazer algum reparo (nem isso, creio), do ponto de vista estritamente diplomático, à fala do presidente, o que ela contém de essencial é a tomada de posição firme e inequívoca contrária ao morticínio em massa, sobretudo de idosos e crianças, vítimas das forças armadas israelenses.
Nesse sentido, Lula faz coro com um número crescente de governantes e personalidades internacionalmente reconhecidas na condenação da absurda atitude do governo de extrema direita israelense, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com o apoio explícito dos Estados Unidos.
Além da negativa da edificação de um Estado palestino autônomo e soberano, direito desse povo milenar, interessa à aliança Israel-Estados Unidos apropriação da jazida de gás existente na faixa de Gaza (veja aqui http://tinyurl.com/33977fmn) e espaço territorial no confronto que, em última instância, envolve a transição a um novo desenho geopolítico mundial, na esteira da decadência norte-americana, da ascensão da República Popular da China e da aliança sino-soviética.
O aparato midiático monopolista brasileiro tem lado — e por isso reverbera aqui os interesses norte-americanos em aliança com parte da Europa e apoiados, neste conflito, no Estado de Israel, de orientação ultradireitista.
A crítica à posição do governo brasileiro é o mote dos subservientes.
Para além do horizonte visível https://bit.ly/3Ye45TD
Nenhum comentário:
Postar um comentário