Quando
empatar é vencer
Luciano Siqueira
Desde que as eleições para a prefeitura de capitais e para o governo estadual
foram restabelecidas, após interdição pela ditadura militar, o exercício
democrático da disputa tem ensinado muito.
Não que haja regras ou
leis objetivas firmadas com o tempo e postas à disposição dos litigantes mais
ágeis.
Mas
alguns fenômenos se repetem.
Os debates
entre candidatos e candidatas a prefeitura na TV fazem parte do ritual.
Começam pela
rede Bandeirantes e terminam pela rede Globo.
Não têm essa
audiência toda, sobretudo os primeiros.
Porém a disputa
de versões pela grande mídia e através das redes sociais, no dia seguinte,
constitui uma trincheira de luta específica.
Vai aí muita
esperteza política e habilidade técnica na edição dos chamados melhores
momentos de cada um.
Aos candidatos
que partem na frente — caso do atual prefeito do Recife, João Campos (PSB) —,
em princípio não há muito que ganhar.
Para estes,
basta empatar.
Sem correr
riscos nem cometer falhas bobas.
Assim, o bom
desempenho está exatamente na competência em dizer o essencial e evitar a casca
de banana.
Se possível,
infringir constrangimentos e respostas comprometedoras dos adversários.
Basta isso.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/08/minha-opiniao-campanha.html
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