Olhos nos olhos
Luciano Siqueira
Tenho perguntado a
companheiras e companheiros que se candidatam à vereança agora: na campanha,
que formas e iniciativas práticas tradicionais devem ser repetidas e que formas
novas devem ser experimentadas?
Em
geral não obtenho a resposta. Apenas percebo no olhar e no balbuciar de um
comentário inconcluso certa hesitação em nossos candidatos e candidatas.
Creio
que há duas variáveis nessa postura, por assim dizer, embaraçosa: a
suposição de que basta repetir o que sempre se fez, ainda que muitas restrições
hoje impostas pela legislação eleitoral reduzam as formas práticas de
propaganda; e a excessiva confiança a comunicação pelas redes sociais.
Na
minha experiência particular de algumas batalhas vitoriosas de quem se elegeu
duas vezes deputado estadual e uma vez vereador no Recife, nem se deve
abandonar velhos métodos e formas de campanha, pois alguns persistem válidos,
nem depositar excessiva confiança nos meios digitais.
É
preciso a combinação das duas coisas.
Óbvio
que a comunicação digital — as chamadas redes sociais — permitem uma difusão
instantânea da imagem, iniciativas e propostas da candidatura. Se houver
interação, para bem além da simples postagem de conteúdos, pode ser eficiente.
Porém percebo
(na experiência particular da campanha de Cida Pedrosa vereadora no Recife, da
qual participo ativamente) que não se pode subestimar o contato pessoal, olhos
nos olhos.
Com a presença
da candidata ou não (nem sempre é possível numa campanha curta e intensa), é
essencial a visita, a conversa em torno de um cafezinho, encontros e reuniões
nas residências entre amigos que nos trazem mais gente para a roda.
As pessoas
estão precisando da conversa. Todos nós precisamos.
E assim podemos avançar no que temos chamado a conquista do voto da consciência e do afeto, que tem enorme potencial de crescimento.
Leia: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/05/minha-opiniao_11.html
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