O Plágio da Multiplicidade
Seu Sandro Um certo Carlos já
dizia:
De tudo
sobra um pouco.
Um outro poeta
pensou,
certo, num amanhecer de dia:
De todos
sobra um pouco.
Um pouco de todos
sobra
nuns poucos que
percebem, ora,
que de todos que
passaram
perto de nossa vazia
oca
(corpo, oco)
tendem a deixar,
desapercebidos,
pequenos tijolos de
vidros
construindo (ou
demolindo)
numa eterna obra
que normalmente
chama-se de alma.
[Ilustração: Arshile Gorki]
Leia
também um poema de Margaret Atwood https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/01/palavra-de-poeta-margaret-atwood_7.html
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