ATÉ O FIM
Walmir Ayala
Até o fim com esta garganta
e estes olhos
líquidos, até o fim
com estas mãos trêmulas.
Até o fim com estes pés exaustos
e êstes lábios costurados
ao pé da noite. Até o fim
sem dizer nada.
Até o fim estes canais premindo
o sangue.
Até o fim o obrigatório oxigênio
sobrevivência
no abstrato
difícil ar.
Até o fim a tinta ilesa do amor
na alma,
até que quebrem as epidermes
desta menina,
e o fim prossiga
até o fim.
[Ilustração: Imagem criada em IA]
Leia: "Feliz Ano Novo em Santana do Ipanema" https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/12/minha-opiniao_31.html
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