Ainda tem muito jogo pela frente
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
A acachapante derrota do governo na votação de esdrúxula anulação do decreto a propósito do IOF, confirmando mais uma vez o caráter conservador e de direita da maioria da Câmara e do Senado, estimula "analistas" políticos a anteciparem a medida das dificuldades que o presidente Lula poderá encontrar em 2026, numa provável tentativa de reeleição.
Devagar com o andor que o santo é de barro, alerta o amigo Epaminondas..
Muito cedo para esse tipo de especulação. Mais ainda porque nas três
oportunidades em que Lula se elegeu presidente da República e nas duas em que
Dilma Rousseff foi vitoriosa a maioria das duas casas legislativas se
constituiu por composições inicialmente adversas ao governo.
Penosas negociações permitiram que ambos, Lula e Dilma, governassem sob
o constrangimento de maioria parlamentar adversa.
Verdade que essa correlação de forças negativa hoje se apresenta mais
aguda, refletindo em boa parte a polarização radicalizada que marca a cena
política do país.
Cabe sublinhar que o mesmo eleitorado que majoritariamente elegeu
deputados e senadores do contra é que votou em maioria em Lula e Dilma.
Estamos caducos de saber que não há uma relação exata entre cargos
majoritários e proporcionais na escolha dos eleitores. Pesam muitos fatores, inclusive o eleitoralismo
fisiológico local, agora exacerbado com as tais emendas parlamentares
discricionárias.
Ou seja, parcela majoritária dos eleitores honra seu compromisso com os
parlamentares que supostamente trouxeram benfeitorias aos seus municípios e ao
mesmo tempo sente-se livre na escolha da candidatura à presidência da
República.
No próximo pleito essa dinâmica se repetirá mais uma vez? Muito cedo
para prever.
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Acerto de contas em 2026 https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/06/minha-opiniao_23.htm
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