29 novembro 2021

Mundo multimídia

O poder da mídia: para o bem e para o mal

Pedro Caldas*

 

Há quem diga que a Globo está prestes a falir, outros, que com a internet e o streaming a televisão aberta (e até a por assinatura) vai acabar.

A cada novo exemplo, renovo a crença de que o futuro é multimídia, com público para consumir cada formato, mas sem que os velhos percam a força e o sentido.

Escrevo esse texto domingo de noite, o horário mais nobre da televisão, onde ecoam nos corredores programas de auditório e de “revista semanal” como o Fantástico.

E escrevo porque acabo de ter um desses exemplos do poder transformador da mídia.

Estava aqui, disperso, mexendo no celular quando terminava a apresentação de um cantor desconhecido que tinha a oportunidade da vida no “Domingão” (que já foi do Faustão e agora é do Huck). Esperto, ele pediu para ser seguido no Instagram. Fui rápido achar o perfil. 7 mil e poucos seguidores.

Atualizei... 12 mil. Atualizei... 23 mil. Atualizei... 37mil. Agora, 20 minutos depois, já vai em 90mil.

O menino fez uma live. Gritava de alegria na frente de familiares e vizinhos reunidos na frente de uma espécie de bar. Ali ele ganhava o Brasil. Com carinho e alguma assessoria mantém e até expande esse público que o conheceu.

A televisão morreu? Não! Segue tendo um poder avassalador de transformar vidas, opiniões, costumes e valores. Para nós, democratas, socialistas e tantas vezes alvo desse poder, precisa ficar a lição de que democratizar esse poder é necessário ou os 90 mil que foram mobilizados em segundos para seguir o jovem Angola, podem ser mobilizados para o ódio e violência política.

*Profissional multimídia, fotógrafo

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Veja: Quem se junta para quê?  https://bit.ly/3m3IpbJ

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