O poder da mídia: para o bem e para o mal
Pedro Caldas*
Há quem diga que a Globo está prestes a
falir, outros, que com a internet e o streaming a televisão aberta (e até a por
assinatura) vai acabar.
A cada novo exemplo, renovo a crença de
que o futuro é multimídia, com público para consumir cada formato, mas sem que
os velhos percam a força e o sentido.
Escrevo esse texto domingo de noite, o
horário mais nobre da televisão, onde ecoam nos corredores programas de
auditório e de “revista semanal” como o Fantástico.
E escrevo porque acabo de ter um desses
exemplos do poder transformador da mídia.
Estava aqui, disperso, mexendo no
celular quando terminava a apresentação de um cantor desconhecido que tinha a
oportunidade da vida no “Domingão” (que já foi do Faustão e agora é do Huck).
Esperto, ele pediu para ser seguido no Instagram. Fui rápido achar o perfil. 7
mil e poucos seguidores.
Atualizei... 12 mil. Atualizei... 23
mil. Atualizei... 37mil. Agora, 20 minutos depois, já vai em 90mil.
O menino fez uma live. Gritava de
alegria na frente de familiares e vizinhos reunidos na frente de uma espécie de
bar. Ali ele ganhava o Brasil. Com carinho e alguma assessoria mantém e até
expande esse público que o conheceu.
A televisão morreu? Não! Segue tendo um
poder avassalador de transformar vidas, opiniões, costumes e valores. Para nós,
democratas, socialistas e tantas vezes alvo desse poder, precisa ficar a lição
de que democratizar esse poder é necessário ou os 90 mil que foram mobilizados
em segundos para seguir o jovem Angola, podem ser mobilizados para o ódio e
violência política.
*Profissional multimídia, fotógrafo
.
Veja: Quem se junta para quê? https://bit.ly/3m3IpbJ
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