O Brasil voltou ao Mapa da Fome da
ONU, e 61,3 milhões sofrem com insegurança alimentar
No site www.lula.com.br
Uma nova emergência nacional mostra sua triste face em novas
estatísticas: o Brasil voltou
oficialmente ao Mapa da Fome. A quantidade de
brasileiros e brasileiras que enfrentaram algum tipo de insegurança alimentar
atingiu o marco de 61,3 milhões de pessoas entre 2019 e 2021, revela relatório
da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado
na quarta (6).
O
percentual de brasileiros que
não têm certeza de quando vão fazer a próxima refeição está
acima da média mundial. Isso se mostra ainda mais inaceitável diante do fato de
que em 2014 o Brasil saiu do Mapa da Fome como
resultado da redução acentuada da miséria e da população subalimentada nos
governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT.
Na prática, 3 a cada 10 pessoas sofrem com algum tipo de
insegurança alimentar. No total, 15 milhões
de pessoas passam fome hoje no Brasil. Um país entra no Mapa da
Fome da FAO quando mais de 2,5% da população enfrentam falta crônica de
alimentos. E a fome crônica no Brasil atingiu agora 4,1%.
“A pandemia não é
a maior culpada pelo Brasil estar de volta a esses números extremamente
altos de pessoas com fome. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo”,
alerta Daniel Balaban, diretor do Programa de Alimentos da ONU no
Brasil. A situação começou a piorar bem antes: desde a chegada ao poder de Jair
Bolsonaro. É por culpa dele que o Brasil andou
para trás 30 anos e voltou a ter milhões de pessoas passando fome.
Mapa da Fome tem rosto de
mulher
No
resto do mundo, cerca de 828 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em
2021. O número de pessoas no Mapa da Fome cresceu cerca de 150 milhões desde o
início da pandemia de covid-19: mais 103 milhões entre 2019 e 2020, e 46
milhões em 2021.
Também
em 2021, 31,9% das mulheres no mundo enfrentavam um cenário de insegurança
moderada ou grave, acima dos 27,6% apurados entre os homens. A diferença de
quatro pontos percentuais também é maior do que a observada 2020, quando era de
três pontos. Na América Latina e no Caribe, a diferença entre homens e mulheres
ficou em 11,3% – ante 9,4% em 2020.
Veja: A fome
por si mesma não esclarece https://bit.ly/3sorzHH
De acordo com Rafael Zavala, representante da FAO no Brasil,
existem quatro causas principais da fome: conflitos armados, choques
climáticos, choques econômicos e choques sanitários. Nesse sentido, a guerra
atualmente em curso na Ucrânia e a própria pandemia de covid-19 são fatores que
devem entrar nessa conta. Contudo, no Brasil, essa equação é agravada pelo vácuo deixado pelo
desmonte de políticas que garantiam justamente a segurança alimentar.
Isso indica que o problema não
está em uma crise pontual, mas na ausência ou desmonte de políticas que
corrigem as desigualdades na distribuição de alimentos entre as populações.
Eu não posso aceitar a
fome. Eu não posso aceitar uma criança pedindo esmola na rua, eu não posso
aceitar uma mulher num país que é o primeiro produtor de proteína animal do
planeta Terra, uma mulher entrar num açougue para ficar esperando um osso. Eu
não me conformo. Esse país não precisa ter pessoas morrendo de fome, crianças
desnutridas, esse país não precisa, porque nós temos como fazer. O que precisa
é colocar dinheiro na mão do povo, que aí o povo vai comprar.
Lula em entrevista à rádio Metrópole
O combate à fome sempre foi uma obsessão do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Em seu discurso de posse, em 2003, Lula afirmou que, se
conseguisse assegurar que todos os brasileiros pudessem tomar café da manhã,
almoçar e jantar, teria cumprido a missão de sua vida. A partir daquele ano, as
políticas de combate à pobreza, a ampliação dos gastos sociais e o fortalecimento
do mercado de trabalho impactaram diretamente nos indicadores de pobreza e de
extrema pobreza, que passaram a declinar de forma contínua e consistente até
chegar no patamar de 3%.
Dentre
os frutos dessa redução da pobreza está a superação da fome como fenômeno
endêmico no país. Segundo a FAO, a prioridade dada pelo governo Lula ao combate
à fome, principalmente por meio do programa Bolsa Família, foi a grande
responsável por tirar 36 milhões de brasileiros da miséria.
Além
disso, a renda dos mais pobres cresceu mais do que a dos mais ricos, diminuindo
a desigualdade. Entre 2002 e 2015, a renda cresceu para todas as classes
sociais. A renda dos 20% mais ricos cresceu 23% nesse período, enquanto a dos
20% mais pobres cresceu 84%.
Esse
é um compromisso de vida de Lula, um desejo que jamais arrefeceu. É urgente a retomada da centralidade e da urgência no enfrentamento
da fome e da pobreza, assim como a garantia dos direitos à
segurança alimentar e nutricional e à assistência social. Lula
sabe que produzimos comida em quantidade para garantir alimentação de qualidade
para todos. No entanto, a fome voltou ao nosso país.
Além
de uma questão de soberania, o enfrentamento da fome exige mais empregos e mais
renda para os mais pobres. Lutamos de forma incansável até que todos os
brasileiros e as brasileiras tenham novamente direito ao menos a três refeições
de qualidade por dia.
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Atenção aos fatos e
tendências https://bit.ly/3n47CDe
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