28 março 2023

Enio Lins opina

Cara de armação, jeito de armação, fedor de armação

Enio Lins www.eniolins.com.br

 

Como diz a filosofia popular, desde a semana passada, “roda mais que pitomba em boca de véio” a polêmica sobre o suposto plano de atentado ao hoje senador Sérgio Moro. Debate turbinado pelo próprio Lula, diga-se de passagem.

Verdade é que Lula não deveria se rebaixar a dar cartaz a um desqualificado moral como Moro, morou? Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil pela terceira vez, é uma liderança internacional e precisa manter-se no seu próprio nível.

Descer à fossa judiciária que o condenou injustamente, mesmo que seja num desabafo, em nada contribui para a luta contra a corrupção judicial, pois passa a imagem que se trata de mágoa pessoal, coisa que não pode compor a agenda de um estadista.

Uma questão a ser considerada sobre supostos atentados, é que, em 2018, as armações de Moro & Lava Jato, impedindo a candidatura de Lula, não seriam suficientes para eleger o ex-capitão, segundo as pesquisas. Aí brotou a autofacada salvadora.

Morou? Qualquer arranhão em Moro é de total interesse do ex-juiz... e a quem mais?? Melhor jair pensando em quem ganharia com um atentado que tirasse o marreco da rinha 2026 e colocasse a suspeita no lombo de Luiz Inácio...

Tem cara de armação, e das mais grosseiras, a denúncia do “plano de atentado” contra o marreco. Isso pulula nos autos dos quais foi retirado o segredo de investigação, coisa que evidencia a certeza de impunidade na preparação desse tipo de arapuca.

Não existe atrito entre o crime organizado e Moro, nunca existiu. Esse é o selo da armação, somada ao fato de que Lula, esse sim, foi vítima da picaretagem jurídica do malandro Sérgio, impedindo sua candidatura há cinco anos.

As justificativas apresentadas para o “ódio” do crime organizado ao marreco são improcedentes, pois tanto a transferência de líderes presos, quanto a proibição de visitas íntimas foram definidas, e assinadas, por outras autoridades.

As visitas íntimas foram vetadas aos líderes de facção pela portaria 718/2017, de 30 de outubro de 2017, rubricada pelo então Ministro da Justiça Torquato Lorena Jardim, no período presidencial de Michel Temer.

Já a transferência de presídio para o chefão do PCC, Marcola, foi determinada pelo promotor Loncoln Galika, que denunciou, em outubro de 2022, a tentativa de Moro, quando Ministro da Justiça, de se apropriar dessa decisão para uso político pessoal.

Teatro à parte, o crime organizado só deve favores a Moro e Jair, nada tem a reclamar da dupla; e não se furtariam, nem se furtarão, a qualquer encenação e/ou ação em benefício de um e/ou outro, ou de um contra o outro. São irmãos, mano.

Ser governo e ser partido na frente ampla https://bit.ly/3J2iMSP

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