Cara de armação, jeito de armação, fedor de armação
Enio Lins www.eniolins.com.br
Como diz a filosofia popular, desde a semana
passada, “roda mais que pitomba em boca de véio” a polêmica sobre o suposto
plano de atentado ao hoje senador Sérgio Moro. Debate turbinado pelo próprio
Lula, diga-se de passagem.
Verdade é que Lula não deveria se rebaixar a dar
cartaz a um desqualificado moral como Moro, morou? Luiz Inácio Lula da Silva,
presidente do Brasil pela terceira vez, é uma liderança internacional e precisa
manter-se no seu próprio nível.
Descer à fossa judiciária que o condenou
injustamente, mesmo que seja num desabafo, em nada contribui para a luta contra
a corrupção judicial, pois passa a imagem que se trata de mágoa pessoal, coisa
que não pode compor a agenda de um estadista.
Uma questão a ser considerada sobre supostos
atentados, é que, em 2018, as armações de Moro & Lava Jato, impedindo a
candidatura de Lula, não seriam suficientes para eleger o ex-capitão, segundo
as pesquisas. Aí brotou a autofacada salvadora.
Morou? Qualquer arranhão em Moro é de total
interesse do ex-juiz... e a quem mais?? Melhor jair pensando em quem ganharia
com um atentado que tirasse o marreco da rinha 2026 e colocasse a suspeita no
lombo de Luiz Inácio...
Tem cara de armação, e das mais grosseiras, a
denúncia do “plano de atentado” contra o marreco. Isso pulula nos autos dos
quais foi retirado o segredo de investigação, coisa que evidencia a certeza de
impunidade na preparação desse tipo de arapuca.
Não existe atrito entre o crime organizado e Moro,
nunca existiu. Esse é o selo da armação, somada ao fato de que Lula, esse sim,
foi vítima da picaretagem jurídica do malandro Sérgio, impedindo sua
candidatura há cinco anos.
As justificativas apresentadas para o “ódio” do
crime organizado ao marreco são improcedentes, pois tanto a transferência de
líderes presos, quanto a proibição de visitas íntimas foram definidas, e
assinadas, por outras autoridades.
As visitas íntimas foram vetadas aos líderes de
facção pela portaria 718/2017, de 30 de outubro de 2017, rubricada pelo então
Ministro da Justiça Torquato Lorena Jardim, no período presidencial de Michel
Temer.
Já a transferência de presídio para o chefão do
PCC, Marcola, foi determinada pelo promotor Loncoln Galika, que denunciou, em
outubro de 2022, a tentativa de Moro, quando Ministro da Justiça, de se
apropriar dessa decisão para uso político pessoal.
Teatro à parte, o crime organizado só deve favores
a Moro e Jair, nada tem a reclamar da dupla; e não se furtariam, nem se
furtarão, a qualquer encenação e/ou ação em benefício de um e/ou outro, ou de
um contra o outro. São irmãos, mano.
Ser governo e ser partido na frente ampla
https://bit.ly/3J2iMSP
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