Joias que são
indícios de crime maior
Enio Lins www.eniolins.com.br
Não seca nunca a fonte dos presentes
milionários dos árabes para o Mito? Insaciável, o ex-capitão continua tentando
embolsar ilegalmente os mimos milionários e, com isso, chamando mais a atenção
para a ocorrência suspeitíssima.
Pantagruélico, o apetite do Mito pelos diamantes
tem produzido cenas verdadeiramente patéticas, envolvendo militares
bolsonarianos em mais uma desmoralização abjeta, com oficiais graduados se
passando por muambeiros fuleiros.
Nesse caso específico da chuva de diamantes dos
árabes, o foco do noticiário continua sendo muito superficial, rasteiro, sem
nenhum passo do bom jornalismo investigativo que ultrapasse os umbrais do fato
em si. O foco tem sido “o que” e não “o porquê”.
Inegável é o poder do escândalo sobre as pautas, é
algo da essência do jornalismo. Algo escandaloso se vende imediatamente, se o
escandalizar estiver acompanhado de temperos cômicos e/ou trágicos, é coisa
muito poderosa.
Esse é o caso da enxurrada de joias que tem
escorrido dos cofres árabes para as burras do Jair: o principal interesse da
mídia tem sido – apenas – a série de tentativas de apropriação indébita feitas
pela energúmena criatura.
Detalhe insólito da mais nova denúncia,
descobriu-se que a fazenda do “Uber do Mito”, o ex-piloto Nelson Piquet, era o
coito onde se tentou esconder parte desse tesouro, segundo a mídia, composto de
armas e diamantes.
Registro feito da descoberta, é-se essencial e
indispensável descobrir o porquê dessas riquezas terem sido endereçadas ao
ex-presidente. O inusitado do valor gigantesco dessas prendas é motivo do
destaque editorial, sim, mas não pode se restringir a isso.
Brindes de todo tipo, alguns preciosos, são
destinados às autoridades e no caso da Presidência da República, uma série de
leis e normas orientam o como proceder; sabe-se que, regra geral, os presentes
são considerados bens do Estado.
Existe a possibilidade de declaração de presentes
individuais, e os bens enquadrados nesse segmento são – como toda circulação de
riquezas pessoais – objeto da cobrança de tributos, mas o mito parece que
simplesmente quis jair colocando tudo nos bolsos.
Esses bens que o mito quer jair ficando são joias
de grande valor, algo estranho às atividades diplomáticas em qualquer lugar do
mundo. O procedimento solerte evidencia a suspeita de propinas repassadas como
“presentes oficiais”.
Hora é de jair investigando a motivação de tantas
e tão milionárias remessas dos árabes, e a escandalosa entrega da refinaria
Landulpho Alves aos árabes é um bom começo.
Extrema direita católica em pé de guerra nas redes
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