Reconhecendo Zagallo
Luciano Siqueira
Minha mãe costumava dizer que "quem quiser ser bom, morra". Referia-se à nossa cultura de elogiar ao exagero, quase que acriticamente, os que se vão.
O ex-jogador e técnico muiticampeão Zagallo, recentemente falecido, recebeu todas as homenagens públicas — com destaque para longas e detalhadas matérias na TV.
O ex-craque Tostão, em sua coluna na Folha de S. Paulo, o considera um técnico revolucionário do ponto de vista da estratégia e da tática que imprimiu a partir de 1970, à seleção brasileira campeã mundial.
"Foi um técnico à frente do tempo. Fazia treinos táticos diariamente para defesa e ataque", diz https://bit.ly/48qeZtY
Prestei atenção a tudo isso. E confesso que mudei minha opinião.
Antes, talvez por preconceito em razão de que ele substituiu o João Saldanha no comando da seleção canarinha, em 1970, por imposição do general Médici então presidente da República no regime militar, achava que em 70 Zagallo apenas cumprira o que Saldanha havia estruturado.
Tostão explica que não foi apenas isso. E justifica com a introdução do meio-campista Piazza como quarto zagueiro, Rivelino na ponta esquerda e ele próprio, que no Cruzeiro jogava mais no meio campo, posto para atuar adiantado, à frente de Pelé e Jairzinho, fazendo uma espécie de pivô.
Convenci-me, enfim, de que Zagallo merece mesmo o status de "lenda" do nosso futebol.
As dores do parto da História https://bit.ly/3Ye45TD
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