Não dá para ficar animado com a seleção nem com o Brasil
Fora das últimas cinco finais de Copa, país está em 89º lugar no mais recente ranking de IDH, de 2022
Tostão/Folha de S. Paulo
De vez em quando um torcedor do Cruzeiro me pergunta por que não participo de eventos relacionados ao clube. Algumas vezes sou convidado, mas não aceito o convite, principalmente porque, como colunista, preciso manter total independência para criticar e elogiar, seja quem for.
O futebol e o mundo vivem de incertezas. Mesmo assim, com conhecimento, podemos analisar, divagar, imaginar o que poderá ocorrer até a próxima Copa do Mundo.
Vinicius Junior vai brilhar na seleção e no mundial como no Real Madrid? Para isso, a seleção terá de evoluir e ter mais qualidade individual do meio para a frente. Todos os grandes fenômenos da história do futebol atuaram em grandes times e ao lado de vários craques. Óbvio!
Vinicius merece ganhar a Bola de Ouro, de melhor do ano, porém o melhor jogador do mundo é Mbappé, que foi grande destaque nas duas últimas Copas do Mundo e conquistou o título com a França em 2018. Se os franceses tivessem vencido nos pênaltis em 2022 contra a Argentina, provavelmente Mbappé teria sido escolhido o melhor do Mundial e do ano.
Alguns grandes craques antes de ganhar o título de melhor do mundo passaram por equipes inferiores, como Romário e Ronaldo no PSV, da Holanda, e Ronaldinho no PSG, da França, antes de o time francês ser milionário e ter um grande destaque mundial.
Messi e Cristiano Ronaldo, que reinaram no futebol mundial durante uns 15 anos, jogarão a próxima Copa? Messi, por ser mais espetacular, fará mais falta à Argentina do que Cristiano Ronaldo à Portugal, ainda mais que ele desde o último Mundial tem ficado várias vezes na reserva.
Alguns grandes craques antes de ganhar o título de melhor do mundo passaram por equipes inferiores, como Romário e Ronaldo no PSV, da Holanda, e Ronaldinho no PSG, da França, antes de o time francês ser milionário e ter um grande destaque mundial.
Messi e Cristiano Ronaldo, que reinaram no futebol mundial durante uns 15 anos, jogarão a próxima Copa? Messi, por ser mais espetacular, fará mais falta à Argentina do que Cristiano Ronaldo à Portugal, ainda mais que ele desde o último Mundial tem ficado várias vezes na reserva.
Se Messi se sentir desanimado, triste, o que nunca ocorreu, e quiser cuidar da saúde mental, certamente haverá uma grande pressão para convencê-lo a jogar.
Quando técnico Scaloni, surpreendentemente, disse logo após a conquista da última Copa América, no Maracanã, que estava difícil continuar na seleção argentina, muitos argumentaram que seria por causa da possível saída de Messi. Não acredito. Ele deve ter dito isso para pressionar os dirigentes que marcavam amistosos que o técnico não queria. Mesmo se a Argentina for mal na Copa América e nas Eliminatórias, Scaloni não perderá o merecido prestígio.
Existe possibilidade de Neymar voltar a ser um grande destaque da seleção na próxima Copa? Para isso, terá de passar por uma grande recuperação física e entrosar-se com Vinicius Junior, o craque atual do time, além de perder peso. Nas imagens atuais, Neymar parece um veterano em final de carreira.
Se a Alemanha ganhar a Eurocopa e Kross for o craque da competição, será que os alemães o convencerão a continuar jogando por algum time e pela seleção no próximo Mundial? Vou torcer pela Alemanha na Euro para ver Kross na Copa. Imagina o clássico entre Alemanha e Espanha? Quem vai acertar mais passes, Kross ou Rodri? Deve terminar empatado, pois os dois raramente erram um passe.
Até onde Endrick vai chegar? Não sei se será excepcional ou se virará um fenômeno, grande craque. Penso que há uma pressa para já colocá-lo em lugar em que ainda não está.
As incertezas dominam o futebol e o Brasil. Independentemente do governo, do clube e das entidades que administram o futebol, ocorreram no país nas últimas décadas –com algumas exceções, como o Palmeiras– péssimas gestões.
A seleção ficou fora das últimas cinco finais de Copa do Mundo. O Brasil é a oitava economia do mundo e está em 89º lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), com perda de duas posições no último ranking, de 2022. Não dá para ficar animado.
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